Mais vezes por Lisboa, que com certeza não serão as últimas.... Amor antigo, muito antes da capital de Portugal (e Portugal como um todo) ter sido descoberta pelos brasileiros e pelo restante do mundo como destino turístico queridinho.
Em 2017 Lisboa estava diferente da
última vez em que lá estive, em 2013. Muito mais turistas! A cidade fervilha e,
como não poderia deixar de ser, fomos logo advertidos pelo dono do hotel para termos cuidados com pequenos furtos. Presenciamos dois.
O primeiro, um trio que tentou tirar a carteira de um senhor americano e segundo, um homem que tentou levar a mochila de um rapaz em uma mesa de restaurante ao ar livre no Bairro Alto. Ambas as tentativas felizmente foram frustradas mas ficou a lição que é preciso estar atento por ali. Até nos postes de parada dos bondes existe aviso sobre esses "carteiristas".
O primeiro, um trio que tentou tirar a carteira de um senhor americano e segundo, um homem que tentou levar a mochila de um rapaz em uma mesa de restaurante ao ar livre no Bairro Alto. Ambas as tentativas felizmente foram frustradas mas ficou a lição que é preciso estar atento por ali. Até nos postes de parada dos bondes existe aviso sobre esses "carteiristas".
Nos hospedamos no Chiado em todas as ocasiões. Os dias seriam poucos (como sempre) e a ideia era ficar nessa região central para bater bem muita perna, sem rumo e sem “obrigações turísticas”. A única "obrigação" marcada e agendada foi a de ouvir fado.
Retrato de Lisboa: o elétrico e o tuk tuk |
Estando hospedados no
Chiado, não poderia existir lugar melhor! Lugar escolhido justamente para esse
fim e praticamente ao lado do local onde queríamos ir para escutar não um fado
“para turistas”, mas um fado diferente, o fado vadio, que vem a ser justamente
o fado não profissional, cantado por amadores (ou mesmo por cantores
profissionais também) que chegam e vão soltando sua voz e lamúrias apaixonadas.
Nada é marcado nem ensaiado e a noite é uma surpresa porque não se sabe quem vai aparecer para cantar.
Nada é marcado nem ensaiado e a noite é uma surpresa porque não se sabe quem vai aparecer para cantar.
O local de destino era a Tasca do Chico, no Bairro Alto/Chiado.
Lugar mínimo, com mesas espremidas e um balcão de onde saem as bebidas e um ou outro tira gosto. Lotado, quando chega alguém para cantar, o dono, Francisco Gonçalves, o Chico, manda todos permanecerem em silêncio, fecha a porta para impedir o entra e sai de pessoas e a atmosfera transforma-se em fado.
Lugar mínimo, com mesas espremidas e um balcão de onde saem as bebidas e um ou outro tira gosto. Lotado, quando chega alguém para cantar, o dono, Francisco Gonçalves, o Chico, manda todos permanecerem em silêncio, fecha a porta para impedir o entra e sai de pessoas e a atmosfera transforma-se em fado.
Se você está em busca de um
lugar turistão, os tradicionais shows de fado, com jantar, atendimento por garçom: não vá. Se você vai
pra ouvir fado e se emocionar, dividir a mesa e conhecer pessoas, não irá arrepender-se. Eu, que por sinal nem gostava de fado,
a partir dali passei a gostar. Tanto que voltamos na Tasca do Chico no dia
seguinte.
Vídeo de um fado vadio em uma das noites na Tasca do Chico: https://www.youtube.com/watch?v=mHujXlJEpw4
O Chico (de preto) conversando com um dos cantores da noite |
Vídeo de um fado vadio em uma das noites na Tasca do Chico: https://www.youtube.com/watch?v=mHujXlJEpw4
Agora em 2019 voltamos à Tasca do Chico que como da vez anterior estava lotado, concorrido, um excelente ambiente, ótimo fado, mas em dois anos senti a carestia nos meus chopes e vinho. O preço da fama....
Já em 2019, por acaso, bem na rua do apartamento em que ficamos existia uma casa de fado vadio e decidimos conhecer.
O Duque da Rua , tal qual o Chico, é uma tasca pequenina, bem menos lotada e me pareceu bem mais familiar. Adoramos o local (ver endereço no final do post).
Além das noites de fado, passear pela Praça do Comércio é obrigatório. Desde ladeira, sobe ladeira, caminhamos bastante. Fomos a miradouros e até o Castelo de São Jorge para rever uma das vistas mais belas de Lisboa.
Já em 2019, por acaso, bem na rua do apartamento em que ficamos existia uma casa de fado vadio e decidimos conhecer.
O Duque da Rua , tal qual o Chico, é uma tasca pequenina, bem menos lotada e me pareceu bem mais familiar. Adoramos o local (ver endereço no final do post).
Fadista no Duque da Rua |
Além das noites de fado, passear pela Praça do Comércio é obrigatório. Desde ladeira, sobe ladeira, caminhamos bastante. Fomos a miradouros e até o Castelo de São Jorge para rever uma das vistas mais belas de Lisboa.
Muralhas do Castelo de São Jorge |
A novidade de 2017 foi o
Cais do Sodré, local de bares e
movimento, com a Rua Rosa, cujo movimento é à noite mas somente passamos pela manhã depois de caminhar ao
longo do calçadão à borda do Rio Tejo.
Bares do Cais do Sodré |
Do Sodré, pertinho, o Mercado da Ribeira, prédio datado de 1800, que desde 2014, com um projeto de revitalização, transformou-se numa grande praça de alimentação com vários quiosques, alguns deles de chefs renomados. Uma delícia!
Mercado da Ribeira/ Time Out Market |
Passeamos pelo Rossio, caminhamos pela Av da Liberdade e fomos ao Shopping Colombo. Shoppings são “atrações” que geralmente não entram na minha lista, mas até que gostei do Colombo. Grande, fácil de se chegar de metrô e com uma praça de alimentação bem diversificada com ótimas opções. E lá é onde está a Primark!!! 😂
Já em 2019 decidimos rever o lado de Belém.
Fizemos uma longa caminhada desde o Chiado até a Torre de Belém, passando pelos pontos obrigatórios do local já antes visitados, como a própria Torre, O Mosteiro dos Jerônimos e o Padrão dos Descobrimentos.
Torre de Belém |
No caminho, parada para as novidades do ano:
O Palácio Nacional da Ajuda, local que serviu como residência real do final do século XVIII até a implantação da República em Portugal em 1910. Hoje é um museu.
O Museu Nacional dos Coches possui a mais importante coleção de carruagens do mundo. É impressionante tanto a riquíssima coleção de carruagens quanto a riqueza e detalhes das mesmas.
A carruagem mais antiga do museu, do século XVI |
O LX Factory localiza-se também na zona de Belém e é um local de antigos armazéns que foi revitalizado, transformando-se em lojinhas e bares. O melhor é ir no final da tarde, começo de noite. Como fomos cedo, ainda não tinha muito movimento.
O MAAT - Museu de Arte, Arquitetura e Tecnologia, fica á beira do Tejo. Não entrei. Limitei-me a apreciar a bela arquitetura do prédio e passear no calçadão em frente, apreciando o rio e a Ponte 25 de Abril.
Para finalizar o roteiro na região, claro, óbvio e evidente que não poderíamos deixar de parar na Pastelaria de Belém para comer não somente o famoso pastel, como o bolinho de bacalhau (recomendo!).
Fazendo os pastéis de nata |
Falar nos pastéis de Belém, este ano descobri pastelarias famosas no Chiado que têm pastéis de nata deliciosos. Pastéis de nata porque o nome Pastéis de Belém é propriedade somente dos pastéis produzidos na antiga pastelaria de Belém.
O nome e endereço das pastelarias estão no final do post.
Em 2019 voltamos rapidamente ao Centro Vasco da Gama, no Parque das Nações pois de lá, da Estação Oriente, tomamos o trem para Aveiro. Infelizmente não tivemos tempo de andar no teleférico, cujo passeio recomendo demais.
Parque das Nacões com o teleférico ao fundo |
No nosso último dia em Lisboa (em 2019!) fomos conhecer caminhando o bairro onde o fado nasceu: a Mouraria.
Rua do Capelão na Mouraria |
Esse bairro AINDA não foi invadido por turistas e algumas de suas ruelas são bem desertas (em uma delas até ficamos com receio e voltamos) mas vale muito à pena caminhar por lá, nesse que é o bairro considerado mais "multicultural" de Lisboa.
Comece a visita pelo Largo do Martim Moniz e a Igrejinha de Nossa Senhora da Saúde. Ali mesmo, por cima da farmácia, dá pra ver restos da antiga muralha Fernandina de 1373, que protegia Lisboa.
Largo do Moniz |
Outro ponto é o Largo da Achada e a rua do Capelão, uma ruazinha com casas de antigos cantores de fado, dentre eles Severa, conhecida como fundadora do fado. Maria Severa era prostituta e tornou-se amante de um Conde. Diz-se que foi a partir desse romance que o fado saiu das tabernas de boemia e prostíbulos de Lisboa para as rodas da nobreza da época. Severa morreu nova, aos 26 anos de tuberculose, pobre e em um bordel dessa mesma rua do Capelão, onde hoje encontra-se o Largo da Severa.
Largo da Severa |
Momento surreal na Praça do Comércio à beira do Rio Tejo: https://www.youtube.com/watch?v=aT_jA15x0uA&feature=youtu.be
Dicas para quem vai:
Cartão de internet pro celular: já no
aeroporto pode-se comprar o chip (simcard) da Vodafone para ter internet em
todos os países da União Europeia. Cartão pré pago de dados, válido por 30 dias.
Substitua seu chip pelo europeu, desbloqueia o novo chip com o nº PIN que vem no cartão e pronto. Lembrar que, saindo de Portugal, tem que habilitar o roaming internacional de dados.
Substitua seu chip pelo europeu, desbloqueia o novo chip com o nº PIN que vem no cartão e pronto. Lembrar que, saindo de Portugal, tem que habilitar o roaming internacional de dados.
Chegando/saindo do
aeroporto: saímos de metrô, que é muuuuito fácil de se locomover e voltamos
pela primeira vez de Uber. Foi prático e não saiu caro, 15 euros do Chiado.
Tax
Free no aeroporto: se for utilizar Tax free no aeroporto,
chegue BEM cedo. A fila além de grande, estava desorganizada, tanto que
desisti, mas para minha surpresa, DENTRO do embarque tinha outro local de tax
free que estava praticamente vazio. Antes de pegar a fila nesse local, você tem
que carimbar no quiosque da alfândega (bem em frente) e pagar uma taxa de 3
euros. Acho que a diferença da fila do lado de fora do embarque é esses 3
euros. Mas valeu à pena.
Hotel: em 2017: Orange 3 House. Na
verdade um Bed and Brekfast. Super hiper bem localizado. Travessa das
Laranjeiras, no Chiado, ao lado do Bairro Alto, da Praça Luís de Camões e do
famoso Café A Brasileira. Recomendo.
https://orange3house.pt/pt/#1466615993593-5eaa328d-8d37
Em 2019: ficamos em 2 apartamentos no Chiado, alugados pelo Air BNB. Ambos excelentes (preferi o 1o, por ter dois quartos) e muito bem localizados. Só não é recomendado para quem tem problema com locomoção, devido às escadas bastante inclinadas.
1- Duque Dolls House (tem também o site : https://lisbonheart.com/pt/apartamentos/duque-dolls-house-in-chiado/
2- E o Ola Lisbon - Chiado II
Fado Vadio::
Em 2019: ficamos em 2 apartamentos no Chiado, alugados pelo Air BNB. Ambos excelentes (preferi o 1o, por ter dois quartos) e muito bem localizados. Só não é recomendado para quem tem problema com locomoção, devido às escadas bastante inclinadas.
1- Duque Dolls House (tem também o site : https://lisbonheart.com/pt/apartamentos/duque-dolls-house-in-chiado/
2- E o Ola Lisbon - Chiado II
Fado Vadio::
Tasca do Chico: rua Diário de Notícias, 39 (melhor fazer reserva com antecedência)
Duque da Rua : rua do Duque, 23, Chiado (não funciona às 2as feiras). Aproveite e jante em um dos restaurantes da rua, comida boa e bem em conta (jantamos no Fernandinho) - http://www.duquedarua.pt/ .
Duque da Rua : rua do Duque, 23, Chiado (não funciona às 2as feiras). Aproveite e jante em um dos restaurantes da rua, comida boa e bem em conta (jantamos no Fernandinho) - http://www.duquedarua.pt/ .
Time Out Mercado da Ribeira:
Av 24 de Julho, 50. De domingo a 4ª feira, das 10h à meia-noite e de 5ª a sábado das 10h às 2h.
Pastéis de nata: as lojas que fui ficam todas no Chiado, ao redor da Praça Luis de Camões, pertinho do Café A Brasileira (onde fica a escultura do Fernando Pessoa na entrada)
1- Manteigaria : rua do Loreto, 2, no Chiado, mas também tem uma loja no Mercado da Ribeira
2- Pastelaria Batalha - rua Horta Seca, 1 - https://pastelariabatalha.com/
3- Pastelaria Alcôa - rua Garrett, 37 - http://pastelaria-alcoa.com/
4- Bairro do Avilez - rua Nova da Trindade, 18 (acompanhado com um cafezinho gelado)
Para quem não dispensa a Primark 😀😂 - a famosa loja de departamento com preços baixos fica no Shopping Colombo, que é um shopping bem bonito com uma excelente praça de alimentação. Estação do metrô do shopping: Estação Colégio Militar
Pastéis de nata: as lojas que fui ficam todas no Chiado, ao redor da Praça Luis de Camões, pertinho do Café A Brasileira (onde fica a escultura do Fernando Pessoa na entrada)
1- Manteigaria : rua do Loreto, 2, no Chiado, mas também tem uma loja no Mercado da Ribeira
2- Pastelaria Batalha - rua Horta Seca, 1 - https://pastelariabatalha.com/
3- Pastelaria Alcôa - rua Garrett, 37 - http://pastelaria-alcoa.com/
4- Bairro do Avilez - rua Nova da Trindade, 18 (acompanhado com um cafezinho gelado)
Para quem não dispensa a Primark 😀😂 - a famosa loja de departamento com preços baixos fica no Shopping Colombo, que é um shopping bem bonito com uma excelente praça de alimentação. Estação do metrô do shopping: Estação Colégio Militar
Mais sobre Portugal: Cascais pode ser mais que um bate/volta de Lisboa
Meia Maratona de Cascais
Peso da Régua, o centro da bela região do Douro Vinhateiro, com Pinhão e Lamego
Meia Maratona Douro Vinhateiro - Peso da Régua/Portugal
Braga e Guimarães, duas verdadeiras jóias do início de Portugal
Lisboa e Óbidos (out/2013)
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Foto obrigatória com Fernando Pessoa no Café A Brasileira |
Novamente com Pessoa no metrô do aeroporto |
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Viagem de 2019 iniciando |
Parque das Nações |
O Tejo e a Ponte Vasco da Gama |
Elevador de Santa Justa |
Fado na Tasca do Chico |
Fado no Duque da Rua |
Museu dos Coches |
Detalhes das carruagens |
Torre de Belém |
O Padrão dos Descobrimentos |
Elevador de Santa Justa |
Delícias portuguesas |
Tuks tuks invadindo Lisboa |
Aprendendo fado 😂 |
Patinete da Praça da Figueira |
Mouraria |
Rua do Capelão com fotos de fadistas famosos |
Rua da Mouraria |
Ainda na Mouraria |
LX Factory e a Ponte 25 de abril |
LX Factory |
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