Qual corredor não sonha em
um dia terminar o ano participando da “maratona” da São Silvestre?
Se muitos ficam surpresos com o fato da
prova de rua mais famosa do Brasil não ser uma maratona de verdade, em
Baturité, no Ceará, existe sim uma corrida de 42km no dia 31 de dezembro, pra
fechar o ano da melhor maneira possível para um corredor: suando e agradecendo
pela saúde!
E bote suor nisso!
A cidade de Baturité localiza-se
a cerca de 100km de Fortaleza, a 175m de altitude e é o chamado “pé da serra”
do Maciço de Baturité, sendo o Pico Alto a maior altitude do local (1114m - 2ª maior
do Ceará) possuindo cidades turísticas como Guaramiranga e Pacoti, onde as temperaturas
médias são de 20oC, ficando inferiores a isso na época de julho.
Nosso grupo de corredores em frente à Igreja Matriz de Baturité |
Dezembro não é época de
inverno, muito pelo contrário, mas mesmo assim, terminar o ano com
uma corrida de rua foi a ideia do organizador Wagner Vital quando em 2015
resolveu fazer a 1ª Maratona da Virada, com os 42km subindo a serra.
De lá pra cá a prova foi crescendo e os
percurso foram modificados. Já em 2016 foram acrescentados os 21km e em 2018, a
4ª edição contou com 2km, 5km, 10km, 21km e os 42km.
Com largada prevista para
5:30h da manhã (atrasou 30 minutos) do centro de Baturité, os cerca de 200 corredores
partiram todos ao mesmo tempo em direção a Guaramiranga.
Praça da Igreja de Santa Luzia, local da largada em 2018 |
Na metade de cada
prova havia a volta de acordo com a distância a ser percorrida e apenas os
maratonistas foram até Guaramiranga antes de retornarem.
Começo da prova, passando pela Igreja Matriz |
Eu fiz os 21km. Foram duros. Muito duros!
O calor, felizmente foi só na zona urbana de Baturité, principalmente na volta,
com o sol já castigando bastante.
Na estrada, a vegetação nos
protege durante todo o percurso e o sol não atrapalhou.
Subindo....... |
Se o sol não impôs
dificuldade, o mesmo não se pode dizer do percurso. Foram 10.5km praticamente
todo em subida, com um ganho de elevação de mais de 700m (mais de 1100m nos 42km).
Altimetria dos 21km (da Keyla) |
Altimetria dos 42km (do Pedro Ângelo) |
Esqueça balizamento. A
estrada de acesso a Guaramiranga é estreita e sem acostamento, consequentemente
sem a mínima condição de ter algum espaço destinado exclusivamente aos
corredores. Então é muita atenção e cada um por si.
Eu ainda subindo. Outros já descendo |
A ida é pesada. Subidas por
vezes tão íngremes que até caminhar é duro. Bom pra aproveitar e curtir o
visual da serra.
Depois da subida, alívio em
dar a volta e encarar a parte “mais fácil”, as descidas. Quisera que assim
fosse.... É preciso coxa pra segurar o corpo no restante dos 21km!
Com postos de água a cada
2/2,5km, staffs simpáticos e uma ou outra moto da prova passando, a organização
foi muito boa.
Ao chegar, uma grande confraternização com premiação por
categoria para todas as provas nos aguardava.
Houve algumas falhas sim, como o atraso na
largada, uma confusão com a maratoninha infantil e a falta de balizamento na
zona urbana de Baturité, principalmente no espaço compreendido entre a Igreja
Matriz e o local da largada, pois, por ser em pleno centro, ficou confuso para
corrermos entre carros e passando por cruzamentos sem proteção. Pequenos detalhes que podem ser melhorados.
Mas deu tudo certo e foi com
muita alegria que terminei 2018 completando minha 70ª meia
maratona e agradecendo muito pela minha saúde, inclusive tendo a satisfação de
subir ao pódio!
Parabéns à organização. Valeu
demais!
Que venha 2019 com novos
desafios!
Dicas
para quem vai:
Contato
da organização: Maciço de Baturité- Atletismo ou Wagner
Vital pelo facebook ou instagram (@macicobaturiteatletismo).
Hotel:
fiquei no Hotel Olho D’água. Muitos ficaram no Hotel Colonial. Ambos são no
centro. Embora o Hotel Colonial tenha quartos mais amplos, duas amigas tiveram
problemas com a reserva (uma inclusive teve sua reserva já paga, cancelada). Já
o Olho D’água eu gostei muito. Limpo e funcionários extremamente prestativos e
simpáticos.
Hotel Olho D’água: (85)
3347.0753 (@hotelolhodagua)
Hotel Colonial: (85).
3347.0167
Mais fotos:
Com Júnior Martins, de Canindé |
O chefe dos Brutos do Mato |
Pão, leite e café antes da largada |
Foto com Edilson Saraiva, corredor de Baturité conhecido por correr de Havaianas |
Começo da prova |
Saindo da zona urbana de Baturité |
Posto de água em um dos retornos |
Parando pra dividir uma banana com João Luís |
Voando na descida |
De volta à Baturité, a última subida |
70 meias |
Com o amigo Sérgio |
Premiação |
Hotel Olho D'água |
Quarto do Hotel Olho D'água |
Hotel Colonial |
Quarto do Hotel Colonial |
10 comentários:
Parabéns pelo pódio, grande corredora!
Muito legal. Deu vontade de participar em 2019. Vou tentar treinar na Serra da Meruoca rsrs. Feliz ano novo!!!
Excelente local pra treino, Márcio!
E vá este ano sim!
Feliz 2019 pra você também!!
Lia
Que bom que gostaram da minha terrinha! Sou o São Paulino com a máscara do Jason.
Que bom que gostaram da minha terrinha! Sou o São Paulino com a máscara do Jason.
Que bom que gostaram da minha terrinha! Sou o São Paulino com a máscara do Jason.
Menina arrepiei mas vou encarar essa danada esse ano se Deus quiser. Tenho q fazer uma maratona no meu Ceará e vai ser essa.
Marinês
Foi muito legal a prova. Um grande desafio, principalmente para quem está iniciando em meias maratonas. Foi um prazer correr e conhecer vc Lia. Espero q nos esbarremos novamente por essas provas por aí. Grande abraço e parabéns pelo blog.
Grato! Lia Campos pela matéria linda e incentivo aos colegas a praticarem esse esporte saudável que é a corrida de atletismo que muda a vida das pessoas com harmonia e satisfação. Saúde! Abraço!
Wagner você é um guerreiro em continuar apostando na prova apesar de todas as dificuldades. Parabéns! Vida longa pra Maratona da Virada!
Lia
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