Peso da Régua |
O Douro Vinhateiro, ou
simplesmente Douro, é a região do nordeste de Portugal voltada estritamente para a produção vinícola, criada
e demarcada para isso em 1756 pelo Marquês de Pombal. Mas não é “simplesmente”
uma região para os amantes do vinho, também o é para os apreciadores de uma
bela paisagem. A região é belíssima! E nós ficamos exatamente no centro do
Douro num lugar pequenino estranhamente chamado de Peso da Régua.
O nome deve-se ao fato de
antigamente serem 2 pequenas cidades, o Peso, localizada nas encostas, e a Régua, a
parte baixa, que cresceu com a chegada da ferrovia. Acabou que juntaram as duas
localidades transformando-as em uma única cidade e Peso da Régua hoje é
conhecida como a capital internacional do vinho e da vinha.
A região central da cidade é
pequenininha. São 17 mil habitantes (censo 2011). Ao seu redor, as encostas com
plantações de uva a perder de vista são ocupadas pelas inúmeras quintas.
Na frente da cidade, a majestade do local: o Rio Douro.
Eu me apaixonei pela beleza existente. A tranquilidade, o calçadão à beira do rio, as encostas verdinhas naquele maio ainda com as parreiras crescendo. Quando estiverem recheadas de uvas deve ser mais belo! Não à toa a região foi considerada pela UNESCO Patrimônio da Humanidade.
Na frente da cidade, a majestade do local: o Rio Douro.
Eu me apaixonei pela beleza existente. A tranquilidade, o calçadão à beira do rio, as encostas verdinhas naquele maio ainda com as parreiras crescendo. Quando estiverem recheadas de uvas deve ser mais belo! Não à toa a região foi considerada pela UNESCO Patrimônio da Humanidade.
Rio Douro |
A Régua (é assim que é chamada) está num crescente turístico. Restaurantes novos estão sendo abertos para atender os vários cruzeiros pelo Rio Douro que ali param. A maioria vem da cidade do Porto, mas alguns chegam da Espanha, de onde nasce o Douro.
Navios de cruzeiros aportados no cais da Régua |
Além desse ponto central, existem as cidades no entorno, das quais conhecemos duas: Pinhão e Lamego.
Pinhão é ainda menor. Fomos
para lá de "comboio", apreciando toda a beleza da região, até descermos em uma
estação de trem miudinha, parecida pintada à mão, com azulejos portugueses
retratando a vida nas vinhas a decorá-la. Me pareceu que Pinhão vive e existe única e
exclusivamente por e para o vinho e a Wikipedia "me disse" que lá existem
648(!!!) habitantes! Cidade mínima mas é de lá que sai quase toda a produção
do famoso Vinho do Porto.
Estação de trem de Pinhão |
Eu e minha amiga Neide seguimos caminhando à esmo até chegarmos aleatoriamente em uma vinícola, a Quinta do Bonfim. As visitas guiadas estavam esgotadas então pegamos um “passe” com um mapa para andarmos explorando sozinhas a vinícola, pelas suas plantações. Ao final, um bacalhau no almoço enquanto aguardamos o trem para voltarmos pra Régua.
Vinha da Quinta do Bonfim |
Já para a cidade de Lamego,
distante 17 km da Régua, nós fomos de carro com os amigos Pascale e Carlos Henrique que haviam chegado para
participar da Meia Maratona.
Foi uma passagem rápida pela cidade histórica que possui uma bela arquitetura, diversas igrejas, destacando-se imponente, ao final de sua extensa escadaria de quase 700 degraus, o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios.
No sábado em que lá estivemos estava ocorrendo um festival da cereja, com inúmeras barracas vendendo a fruta, além de doces e licores e um palco com danças. Festa inesperada para nós.
Foi uma passagem rápida pela cidade histórica que possui uma bela arquitetura, diversas igrejas, destacando-se imponente, ao final de sua extensa escadaria de quase 700 degraus, o Santuário de Nossa Senhora dos Remédios.
Lamego e o Santuário com suas escadarias ao fundo |
No sábado em que lá estivemos estava ocorrendo um festival da cereja, com inúmeras barracas vendendo a fruta, além de doces e licores e um palco com danças. Festa inesperada para nós.
Cerejas!!! |
Lamego com certeza
merecia uma visita mais demorada, porém, tínhamos 21km para correr no dia
seguinte e optamos pelo descanso.
Eu AMEI 😍 o pouco que vi da
região do Douro! Fiquei três dias e em todos eles eu me deliciei apreciando a
paisagem ao meu redor. Deu vontade de voltar, de carro, com calma e conhecer as
demais cidades. Deu vontade de fazer um cruzeiro pelo rio. Deu vontade de
ficar. E olha que eu nem sou chegada a vinho! Imagina se fosse!!!! 😃😄
Dicas
para quem vai:
Como ir:
Fomos de Braga para Peso da Régua de ônibus. Quem parte da cidade do Porto,
creio que o trem seja a melhor opção.
Locomoção:
como a região é extensa, com várias quintas a serem visitadas, algumas com
miradouros altos para apreciar a paisagem, creio que ter um carro é o melhor, mas para quem não estiver de carro, a locomoção entre as cidades pode ser
feita de ônibus ou de trem e de taxi para as vinícolas. Consultar sempre com
antecedência os horários de ida/volta dos trens/ônibus.
Hotel em Peso da Régua: a
oferta de hospedagem na cidade não me pareceu grande. Dessa vez usei o Airbnb e
fiquei num excelente local, bom anfitrião, quarto privado com banheiro (um
pouco pequeno para duas pessoas), em frente ao rio, a 500m da estação de trem/ônibus.
Perfeito para quem não tem carro. O dono dos apartamentos é o Antônio e no
Airbnb está como Douro X1 (Casa do Rio 1). Ver fotos no final. O Antônio também tem hospedagem em sua "quinta". Ver no site: https://dourox1.com/
Restaurante em Peso da
Régua: comemos em alguns restaurantes, todos muito bons (algo comum em Portugal), mas o
melhor foi um pequenino, suuuper simples, por trás do Museu do Douro, que
servia poucas opções de pratos e no qual entramos porque tinha muita gente (sinal de boa
comida) e era barato (😁😁) mas foi a melhor vitela que comemos nessa viagem!
Anotem o nome: Restaurante Tio Manel.
Como ir para Pinhão ou
outras cidades da região: pode-se ir de carro, mas outra
excelente opção é pegar o trem que vai serpenteando entre as belas paisagens e para em cidades como Pinhão. Na verdade esse trem faz parte da Linha
do Douro, que parte do Porto, com ponto final em Barca D’Alva, numa extensão de 200km. De Régua a Pinhão são 30 minutos.
Vinícolas:
existem inúmeras! Me recomendaram a Quinta do Seixo e a Quinta do Bonfim principalmente por causa da vista que se tem dessas duas quintas, mas é preciso estar de carro para ir aos
mirantes desses locais. Se quer fazer visita guiada, não esqueça de agendar com
antecedência.
Comboio Histórico do Douro: só
funciona de junho a outubro, portando não deu para fazer, mas fica a dica. Em
locomotiva a vapor, o passeio parte da Régua e vai até Tua, com provas de
vinho e música. Site para maiores informações: https://www.cp.pt/passageiros/pt/como-viajar/em-lazer/cultura-natureza/comboio-historico
Passeios de barco pelo Douro:
esses passeios existem tanto no Porto, quanto em Peso da Régua quanto em Pinhão
e possivelmente existe nas outras cidades ao longo do rio, então, é só procurar
o cais da cidade e ver os horários.
Como ir a Lamego:
não existe trem, mas ônibus.
Veja mais sobre Portugal: Braga e Guimarães, duas verdadeiras jóias do início de Portugal
Lisboa e Óbidos
Portugal e Espanha no Aniversário da Matriarca
Vodafone Meia Maratona RTP Rock’ n’ Roll de Lisboa
Mais fotos:
Peso da Régua:
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Mais fotos:
Peso da Régua:
Dentro do ônibus, já pela região do Douro |
Interior do Museu do Douro |
O "Galo de Barcelo" da Régua 😄 |
Vista do hotel da Neide (foto: Neide) |
Eu e Neide. Brinde à vida e ao Douro! |
Foto: Neide |
Azulejos mostrando as vinhas e Marquês de Pombal |
Ruas da cidade |
Coisas de Portugal..... 😁 |
2 comentários:
Muito legal, Lia! Adoro teus posts, principalmente quando eu participei da aventura
Pascale
Muito legal, Lia! Adoro teus posts, principalmente quando eu participei da aventura
Pascale
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