Catedral Nova de Cuenca |
Sobre Cuenca, muitos poucos ouviram falar, mas sobre Chapéu Panamá, todos já ouviram, certo? E que é em Cuenca, no Equador, onde esses chapéus, mundialmente conhecidos são fabricados, quem sabia?
Foi a minha curiosidade em conhecer o local de onde saem os legítimos Chapéus Panamá
e, claro, comprar um para mim e outro pro meu pai, fã dos "sombreros" que me levou a colocar essa pequena cidade (pros padrões
brasileiros, porque com seus 400 mil habitantes é a terceira maior do Equador) no roteiro.
Porém, ela encheu meus olhos desde o primeiro instante, muito antes que eu sequer visse um chapéu. Cuenca é linda!
Porém, ela encheu meus olhos desde o primeiro instante, muito antes que eu sequer visse um chapéu. Cuenca é linda!
Rodeada pelos Andes, a 2550 metros
acima do nível do mar, foi declarada Patrimônio da Humanidade pela
UNESCO e tem um centro histórico considerado por muitos como o mais bonito da
América do Sul.
Com clima sempre frio (entre 14oC e 18oC) devido à altitude, a cidade é tranquila. Ruas charmosas com casarões antigos
lindíssimos.
Na praça central a Catedral Nova (Catedral da Imaculada Conceição) impressiona com suas cúpulas azuis contrastando com o restante da igreja com tijolinhos marrons. No outro lado da praça, a Catedral Velha, toda branquinha e com um museu de arte sacra em seu interior.
Na praça central a Catedral Nova (Catedral da Imaculada Conceição) impressiona com suas cúpulas azuis contrastando com o restante da igreja com tijolinhos marrons. No outro lado da praça, a Catedral Velha, toda branquinha e com um museu de arte sacra em seu interior.
Além de bonitas igrejas, existem bons museus na cidade.
O mais importante é o Museo Pumapungo, com salas de exposições e um sítio arqueológico no seu exterior, lembrança de um tempo de quando os incas habitavam o local. Continuando pelas ruínas, logo abaixo, está um jardim belíssimo, com pássaros, lhamas e plantas. Só é necessário um pouco de fôlego para voltar subindo as escadarias naquela altitude....
O Museo Remigio Crespo Toral é um museu
mais moderno, que conta a história de um importante personagem local, do mesmo
nome, político e escritor. Por trás desse museu tem uma cafeteria bacana com vista
para o rio Tomebamba, que meio que divide a cidade entre a parte histórica e a parte mais moderna.
Rio Tomebamba |
Andar por Cuenca observando
seus prédios, passeando ao longo do rio, parando em um café ou na praça, é uma delícia. Não à toa o local já foi descoberto por
estrangeiros e muitos já o elegeram como moradia. Em razão disso, proliferam
bares, cafés e restaurantes de todos os cantos do mundo, do mexicano ao árabe, com uma
grande diversidade para escolha
.
.
E o Chapéu Panamá? Claro que
fui procurar. No próprio centro da cidade, no Centro Municipal Artesanal, já encontramos chapéus para venda e, caminhando à toa,
nos deparamos com uma loja de fábrica com modelos mais sofisticados e diferenciados, no Museo del Sombrero de Paja Toquilla.
Bonita vista da cafeteria do Museo del Sombrero |
Mas eu queria mesmo era ir na Homero Ortega, a mais famosa (e cara!) fabricante dos chapéus, que fica nos arredores da cidade e conta com um pequeno museu mostrando como é a fabricação, bem como uma loja de venda.
Afinal, por que o Chapéu
Panamá é fabricado no Equador e tem esse nome?
A história remonta da época da construção do Canal do Panamá, onde havia muitos trabalhadores equatorianos que utilizavam o chapéu para se proteger do sol.
Um dia, o presidente americano Theodore Roosevelt foi fazer uma visita às obras do canal e, também para se proteger do sol, colocou na cabeça um dos chapéus usados pelos operários. Pronto! A fama estava feita e o chapéu do Equador, fabricado em Cuenca, virou Chapéu Panamá.
A história remonta da época da construção do Canal do Panamá, onde havia muitos trabalhadores equatorianos que utilizavam o chapéu para se proteger do sol.
Um dia, o presidente americano Theodore Roosevelt foi fazer uma visita às obras do canal e, também para se proteger do sol, colocou na cabeça um dos chapéus usados pelos operários. Pronto! A fama estava feita e o chapéu do Equador, fabricado em Cuenca, virou Chapéu Panamá.
A história é antiga mas o
modo de fabricação continua o mesmo desde então. Os chapéus são fabricados com
a palha toquilla e tecidos por mulheres um a um, o que faz com que a produção seja pequena, cerca de 300 chapéus por mês.
Depois de trançados, passam por um processo de tingimento. Os mais finos demoram até 5 meses para ficarem prontos. Quanto mais fina a palha, mais tempo para ser finalizado. E mais caro também. Na Homero Ortega os preços variam de U$ 30 a U$ 2500! Claro que em outras lojas, em mercados você os encontra mais baratos (U$ 15), mas a Homero Ortega tem modelos exclusivos, além de ter fama mundial, já tendo enfeitado a cabeça de muitos famosos pelo mundo.
Chapéus antes do tingimento |
Depois de trançados, passam por um processo de tingimento. Os mais finos demoram até 5 meses para ficarem prontos. Quanto mais fina a palha, mais tempo para ser finalizado. E mais caro também. Na Homero Ortega os preços variam de U$ 30 a U$ 2500! Claro que em outras lojas, em mercados você os encontra mais baratos (U$ 15), mas a Homero Ortega tem modelos exclusivos, além de ter fama mundial, já tendo enfeitado a cabeça de muitos famosos pelo mundo.
Vídeos da explicação da moldagem do chepéu na Homero Ortega:
https://www.youtube.com/watch?v=lYwUJI3Ruqs
https://www.youtube.com/watch?v=B4ZKRttNVtk
Estando em Cuenca existem passeios bate/volta para serem feitos. Um deles é para o Parque Cajas, que, devido o pouco tempo ficou de fora do meu roteiro, e acabei escolhendo o passeio de um dia para as cidades vizinhas de Chordeleg e Gualaceo.
Chordeleque é uma cidade
pequenina, a 42km de Cuenca e conhecida pela venda de peças em prata e ouro com
filigranas (delicada técnica de ourivesaria). Uma variedade imensa de lojinhas ao redor da praça principal oferecem
uma diversidade maior ainda de brincos, pingentes, pulseiras.
O brinco típico de Chordeleg, candonga |
Já a parada em Gualaceo foi única e exclusivamente para almoçarmos no Mercado 25 de Junho o hornado com batatas, o porco mais delicioso que comi na vida.
Depois do hornado, parada para
provar o “refresco” local, o Rosero , feito de milho, frutas e especiarias.
Deu pra entender porque
Cuenca é muito, mas MUITO mais do que o chapéu panamá?
Fiquei tão admirada com a beleza e riqueza arquitetônica da cidade que achei que ela poderia ter sido um dia a capital do país
Ingenuamente perguntei ao rapaz que me atendeu no posto de informação turística, no meu portunhol cearense “ Cuenca já foi capital do Equador um dia?” , ao que ele respondeu rindo “No. La capital del Ecuador siempre foi Quito. Siempre Quito”. Hahahah 😂😂😂 Juro! Aconteceu mesmo! O equatoriano pegou a brasileira! hahahah
Vídeos de Cuenca:
As ruas
As ruas II
A Catedral e a pracinha
Rio Tomebamba
Fiquei tão admirada com a beleza e riqueza arquitetônica da cidade que achei que ela poderia ter sido um dia a capital do país
Ingenuamente perguntei ao rapaz que me atendeu no posto de informação turística, no meu portunhol cearense “ Cuenca já foi capital do Equador um dia?” , ao que ele respondeu rindo “No. La capital del Ecuador siempre foi Quito. Siempre Quito”. Hahahah 😂😂😂 Juro! Aconteceu mesmo! O equatoriano pegou a brasileira! hahahah
Vídeos de Cuenca:
As ruas
As ruas II
A Catedral e a pracinha
Rio Tomebamba
Dicas para quem vai:
Quanto tempo ficar: o tempo despendido em
Cuenca foi meu único erro de planejamento na viagem. Com certeza eu passaria
dois dias inteiros somente na cidade, talvez até três. Caminhar pelas ruas, desbravar os locais, visitar as igrejas, os
museus e curtir os bares e cafés, seriam programas que iria curtir com calma.
Chegada: fomos de ônibus de
Guayaquil (200km - 4 horas - U$ 8). Pergunte qual ônibus segue direto, sem paradas. O taxi da rodoviária para o centro custa U$ 3. Cuenca tem aeroporto também. Para Quito são 460km e seguimos depois em avião da Latam em um voo de 35 minutos.
Hotel: ficamos no Blue Bird Bed and Breakfast . Muito
bom local, quarto amplo e bom atendimento. Porém, aconselho ficar um pouco mais
perto da praça central.
Passeio para Chordeleg/Gualaceo:
esse passeio você pode fazer de ônibus de linha mesmo (bem mais barato) ou em excursões com agências de viagem locais. Como queríamos fazer
tudo mais rápido, optamos em ir com o dono do hotel em que ficamos, pelo valor de U$ 40 por pessoa. Achei caro, mas era o mesmo valor da
agência e faríamos nosso próprio horário, inclusive passando pela Homero Ortega. O passeio é legal mas só aconselho se
você realmente tiver tempo de sobra. São 42 km para Chordeleg e na volta, Gualaceo é passagem.
Em Chordeleg os preços das peças em ouro/prata precisam sempre ser negociados. Brincos pequenos/médios de prata custam em torno de U$10 a U$25 (depende do peso).
Em Gualaceo existe também uma produtora de orquídeas e um local que vende xales, roupas e sapatos artesanais, chamado La Casa de la Makana. Mais uma vez a falta de tempo não nos deixou ir nem em um nem em outro.
Outra opção é o Parque Cajas (35km de Cuenca), para quem gosta de natureza.
Qualquer outra informação sobre Cuenca ou sobre esses passeios, consultar o posto de informação turística que fica na praça da Catedral Nova.
Chapéus : se você não fizer questão de um chapéu de griffe, pode comprá-los no mercado e, se ainda for viajar para Quito depois de Cuenca, deixe para comprar no Mercado Artesanal La Mariscal (U$15), assim você não terá problema de ficar "carregando" o chapéu durante a viagem. Mas se quiser um modelo exclusivo e lindo a opção é Homero Ortega
Em Chordeleg os preços das peças em ouro/prata precisam sempre ser negociados. Brincos pequenos/médios de prata custam em torno de U$10 a U$25 (depende do peso).
Em Gualaceo existe também uma produtora de orquídeas e um local que vende xales, roupas e sapatos artesanais, chamado La Casa de la Makana. Mais uma vez a falta de tempo não nos deixou ir nem em um nem em outro.
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Ônibus que fez a viagem de Guayaquil para Cuenca |
Rodoviária de Guayaquil |
Lindas fachadas dos prédios |
Cabeças famosas que usam Homero Ortega |
Vestido de noiva todo feito de palha toquilla, a mesma usada nos chapéus |
Um comentário:
Lia, adorei Cuenca!
Muito bo seu blog!
Tércia
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