sábado, 2 de setembro de 2017

Guayaquil, a maior cidade do Equador

As casinhas coloridas do Cerro Santa Ana


A maior cidade do Equador, a mais populosa (2,5 milhões de habitantes), a que tem o maior porto, o maior parque industrial e maior movimentação econômica.

Guayaquil é banhada pelo rio Guayas que ainda corre 70km em direção ao sul do Equador para finalmente desaguar no Pacífico.
É nas margens desse rio que encontra-se uma das principais atrações da cidade, o Malecon 2000, um calçadão de 2,5 km de extensão com  parquinhos infantis, jardins, uma roda gigante imensa com luzes multicoloridas à noite, a Torre do Relógio Morisco, de onde se tem uma bela vista do rio Guayas e o monumento com as esculturas de Simón Bolívar e José de San Martin simbolizando o encontro que esses dois heróis da libertação dos países  da América espanhola tiveram na cidade, no ano de 1822.

Simón Bolívar e José Martin

Nessa época, Guayaquil teve uma grande importância nos movimentos de independência das colônias espanholas na América, sendo a primeira província do Equador a tornar-se independente, no ano de 1820, sendo anexada, dois anos depois, à Grande Colômbia, união do que hoje é a Venezuela, Colômbia, Equador e Panamá.

Como a primeira coisa a fazer no Equador seria participar da meia maratona, desembarcamos no aeroporto de Guayaquil e permanecemos o restante do dia e a manhã do dia seguinte na cidade, nos hospedando nesse primeiro momento no centro.
Não gostei da região. Achei um pouco suja e bastante movimentada. 
Do hotel seguimos caminhando até o malecon e de lá, já no começo da noite, na continuação da caminhada, conhecemos o Bairro Las Peñas, no Cerro Santa Ana. Esse bairro foi o berço de Guayaquil. Recentemente foi revitalizado, tornando-se um “point” noturno e boêmio da cidade, com vários ateliês, bares, restaurantes e karaoquês. O inusitado é que o local é em um morro, com escadarias, rampas e casinhas multicoloridas fincadas desordenadamente.
Para quem tem fôlego e disposição,  os 446 degraus desse morro levam ao farol e a uma igrejinha de onde a vista deve ser muito bonita. Digo "deve" porque eu estava cansada da viagem e não tive coragem de encarar o desafio....

No degrau número 1. A contagem é até o número 446

No dia seguinte a caminhada começou pelo centro, direto ao Parque das Iguanas (ou Parque Bolivar), uma pracinha pequenina em frente à catedral da cidade e, como o nome já diz, com muitas iguanas soltas. No coreto da praça, uma banda da marinha se apresentava em comemoração ao aniversário da cidade.

Parque de Las Iguanas, a Catedral e escultura de Simón Bolivar

Depois da corrida em Salinas,retornamos à cidade para mais uma noite e dessa vez preferimos sair da região central e ficar hospedados mais perto do Bairro Las Penãs, para onde seguimos logo após deixar as malas no hotel.
Por ser um domingo, o local estava bastante movimentado, com muitas famílias passeando. Mais uma vez não tive coragem de encarar os 446 degraus (muito menos depois de ter corrido 21km!) e seguimos contornando o morro, observando o movimento, até nos depararmos com um calçadão lindo margeando o rio, sobre o qual eu não havia lido nas minhas pesquisas sobre Guayaquil.
Era o Porto  Santa Ana, um complexo turístico e imobiliário que começou a ser construído em 2005.
Com prédios modernos belíssimos e vários restaurantes e bares no calçadão de frente para o rio, em nada parecia com o lado central que eu achei sujo e feio. Duas realidades bem diferentes.

Porto Santa Ana e seus edifícios modernos
Enfim! Guayaquil somente entrou no meu roteiro por causa da meia maratona. Que era inclusive pra ter sido lá, mas devido à confusão de datas em um site de corrida, acabou sendo em Salinas..
Cidade grande, movimentada, com “fama” de violenta mas que me passou a impressão de segurança, devido à grande quantidade de policiais sempre presentes em cada esquina. Quase tantos policiais quanto esculturas hahahah. Nunca vi uma cidade com tantas esculturas na minha vida!
Foi um bom passeio.



Dicas para quem vai:


Como chegar: voamos pela Latam, de São Paulo para Guayaquil (escala em Lima). O aeroporto fica perto do centro (U$ 5,00 de taxi)

Hotel: o hotel que recomendo foi o que ficamos no bairro Las Peñas, apesar de depois ter ouvido falar que não era muito seguro sair de lá caminhando em direção ao Malecon, como fizemos. O hotel é bem novo, estilo prático e econômico, como o Ibis Budget: YU! Smarthotels

Restaurante/bar – no meu roteiro, a indicação era o restaurante típico Cocolon, mas decidimos ficar no Puerto Santa Ana e dentre os diversos restaurante escolhemos o Mami-T ( La Cocina Tipica de la Abuela), com pratos típicos muito bons (e bem servidos). 



Demais posts sobre o Equador: Equador, aquele pequeno país da América do Sul cuja capital ninguém esquece!
                                                  Quito, uma pérola na metado do mundo (julho/2017) 
                                                 Cuenca é muito mais que o Chapéu Panamá                                                                 Salinas Run 21k 
                                                  A incrível subida ao Cotopaxi e a inesquecível beleza da Lagoa Quilotoa  
                                                                   

Videos:

Parque das Iguanas 

Banda no Coreto do Parque 

"Estátua Cantante" no Puerto Santa Ana 

Passeio no domingo pelo Porto Santa Ana




Mais fotos:

Melecon 2000

A Torre do Relógio no Malecon 2000

A vista do Rio Guayas da Torre do Relógio

Maquinário do relógio no interior

Rio Guayas
A roda gigante do Malecon 2000
Primeiro brinde em terras equatorianas
Escadaria de Las Peñas

Ruas de paralelepípedo de Las Peñas


Movimento noturno nas escadarias de Las Peñas

Uma das casinhas de Las Peñas e seu tocador

Las Peñas
Parque de Las Iguanas
  


Catedral e o Parque das Iguanas

Prédio da Prefeitura

Prédio da Prefeitura

O pequeno engraxate
Porto Santa Ana




Calçadão no Porto Santa Ana


Prato de diversos tira gostos típicos no Momi-T

Brinde com a Pilsiner e a Club

Um comentário:

Anônimo disse...

Correr o mundo foi, sem dúvida, uma grande opção de vida..Viajar é sempre uma lavagem na alma. No seu caso ainda bem melhor, juntando com o seu esporte predileto..
Regina