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Praça Jemaa El-Fna (Foto: Cris) |
O “pra lá de Marrakech” do
Caetano é longe mesmo, viu?!
Na ida, foram quase 24 horas
entre aviões e aeroportos. De Fortaleza, voamos até Madri pela TAP e de lá,
pegamos um voo (que ainda por cima atrasou quase 2 horas!) da companhia marroquina
Ryan Air para Marrakech, a “Pérola do Sul”.
Ao chegarmos, de madrugada e
atrasadas, felizmente eu havia lido que só quem tinha permissão para entrar no
aeroporto eram as pessoas que de fato fossem viajar e, depois de passar com
tranquilidade pela imigração, não me assustei com o fato de não haver ninguém nos
esperando no desembarque. Ao sair pela porta do aeroporto, dentre os vários
guias esperando viajantes, lá estava um com a plaquinha “Lia Campos”.
Alívio, mas não reconheci o
Omar, com quem eu tinha tido contato por whatsApp e visto a foto. Felizmente o
homem que nos recebeu, rapidamente telefonou para ele, que me passou as coordenadas.
Seguimos então para nosso Riad (casas antigas com pátio interno, transformadas em pousadas) pelas ruas de Marrakech.
Ao chegarmos a um ponto, o motorista parou e
disse (em inglês) para esperarmos alguém que nos levaria ao Riad. Suspense....
Chega outro homem com uma bicicleta. Descemos, tiramos nossa bagagem, ele
coloca uma das malas no bagageiro da bike e fala para que o sigamos.
E lá vamos eu e Cris, na
madrugada de um dia levemente frio, arrastando nossas malas por ruas estreitas,
desertas e escuras, com apenas alguns homens passando, sem saber muito bem para onde
estávamos indo quando chegamos à pousada, onde fomos muito bem recebidas para finalmente
eu cair na cama com a cabeça rodando com o fuso horário, o cansaço da viagem
mas, principalmente pela excitação com as novidades que eu tinha visto até
então e com as que eu estava ansiosa por descobrir no dia seguinte.
E no dia seguinte, depois do
café (sempre chá, café, leite, pão, panqueca, iogurte natural caseiro, queijinho
tipo polenguinho e suco de laranja), um guia designado pela agência e falando
português, nos levou para conhecer (a pé) as principais atrações turísticas da
cidade, juntamente com uma família de brasileiros (casal e 2 filhos
adolescentes) que estavam morando em Barcelona, na Espanha.
A primeira parada foi na Mesquita
Koutoubia, que, claro, só vimos por fora, já que não pudemos entrar por não
sermos muçulmanos. De lá, o Túmulo Saadian, onde estão sepultados 60 membros da
dinastia saadiana, que reinou no Marrocos no século XVI e XVII e o Palácio da
Bahia, bonito local que foi habitado por um grão-vizir, suas quatro esposas e
seus muitos filhos.
Ao final, passagem num local com unguento, pomadas e sabão
pra tudo quanto é doença e dores que se imagina. Lembrei do setor de ervas e garrafadas
do Ver o Peso, em Belém do Pará.
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Nosso guia local dando explicações dobre a Mesquita Koutoubia |
Ao meio dia ficamos a sós
para andar por Marrakech. Começamos pelo almoço e decidimos por um sanduíche em
um pequeno restaurante com mesas na calçada, enquanto olhávamos o movimento das
pessoas pelas ruas. Tava calor e essa foi minha primeira decepção no Marrocos ao desejar
uma cerveja gelada... hahaha Só depois de ler o menu de 3 restaurantes foi que
caiu a ficha de que minha cervejinha por ali seria difícil.... 😞
Depois do sanduíche ficamos andando pelos
souks, as ruas de comércio labirínticas, fáceis para se perder e, por esse
motivo, não nos atrevemos a ir além das bancas periféricas, sempre tendo por
referência a praça principal de Marrakech, a Jemaa El Fna.
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Souks |
Tal e qual vemos em filmes,
a praça, a mais famosa da África e com certeza o principal ponto turístico de
Marrakech, tem literalmente de tudo! Do
encantador de serpente ao vendedor de dentaduras! Isso mesmo! E ao entardecer,
barracas de comidas feitas na hora abrem-se e grandes mesas "comunitárias" são postas para os
interessados, com vendedores sempre assediando os passantes para que sentem no
seu “restaurante”.
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Os encantadores de cobras na praça |
Movimento na Praça Jemaa El-Fna:
Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=QN7gdMAjsqE
Vontade de sentar eu tive. E
muita. Mas por medo de que alguma infecção intestinal estragasse a viagem logo
no início, seguimos a recomendação de alguns blogs e decidimos jantar num restaurante
“de verdade”, que também fica na praça e hoje é até uma certa atração turística
por ter sido alvo de uma atentado (raro no Marrocos) em 2011, o Café Argana.
Também lá, nada da minha cerveja e nos contentamos com nossa primeira
experiência na culinária marroquina, uma tagine de carneiro e um cuscuz com
frango. Delícia!
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Tagine tanto é o nome do prato (um "cozido" com legumes", como o nome desse recipiente onde vem a comida |
Um dia foi pouco em
Marrakech. Para andar com calma pela Medina e permitir perder-se em suas ruas,
bem como ficar mais à toa observando o movimento frenético da Jemaa El Fna, eu
diria que dois dias seriam o ideal.
Pelo pouco tempo disponível,
não conhecemos a “cidade nova”, fora da Medina. Na manhã seguinte, ao irmos
embora, pude observar suas largas e bonitas avenidas somente pela janela do
carro.
Dicas para quem vai:
Hotel: simples mas muito bom, com funcionários gentilíssimos
e o melhor é a localização, pois fica pertinho da praça El Jemaa el-Fna e dá
pra sair à pé pra explorar Marrakech sem nenhum problema.
Riad Marana: http://www.riad-marana.com/
Câmbio: foi
o local onde achei melhor para trocar o dinheiro, pois nas ruas da cidade existem
diversas pequenas casas de câmbio
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