A primeira edição
da Jeri Beach Run ocorreu em 2015 e teve 100 participantes na única prova de
7km.
Em 2016 os
atletas tiveram a opção de escolher entre os 7 e os 12km e nesse ano eu até fiz
minha inscrição, mas como houve um imprevisto, não pude comparecer. Parece até
que eu estava adivinhando que o ano de 2017 estava reservado pra eu finalmente
correr na praia mais badalada do Brasil a prova que eu mais gosto, a
meia maratona.
Nesses três anos
a corrida cresceu, aumentou o número de participantes (para 430 no total) e, se
depender da edição de 2017, consolidou-se como uma excelente prova, em um
percurso indiscutivelmente lindo e organização primorosa.
O evento começou
na sexta-feira com a entrega dos kits a partir das 14 horas, no Clubventos.
Quem chegou com antecedência pode ficar no local curtindo o visual, almoçando
ou bebendo algo até a hora do congresso técnico com explicações do organizador
Ricardo Ramalho sobre os três percursos.
No kit, além de
camisetas diferenciadas para as distâncias a serem percorridas no sábado à
tarde e os 21km do domingo, um par de chinelos personalizados. Mimo que todo
corredor adora.
Recebendo o kit com Ricardo Ramalho |
Depois do
congresso técnico, hora de curtir a animada noite de Jericoacoara para, às 16
horas do dia seguinte estar na linha de largada, à beira mar.
Eu não corri no
sábado, mas os comentários dos atletas foram unânimes quanto à boa organização
de ambas as distâncias.
Este ano, além da
inclusão da Meia Maratona, a novidade do
Desafio
do Jacaré (batizado assim devido a um dos significados indígena dado à
palavra Jericoacora- “jacaré tomando sol” ) que consistia no atleta correr os 7
ou os 12km no sábado e os 21km no domingo, ganhando medalha diferenciada na
conclusão do desafio.
Mas vamos pros 21
que foi o que eu corri.
A largada estava
prevista para ser às 5:30 da manhã em Jijoca, o que fez com que eu precisasse acordar
às 3 horas da madrugada do domingo para, às 4:10 estar no local combinado e
pegar o transporte 4X4 disponibilizado pela organização.
Foram 50 minutos
de “saculejo” sonolento ainda no escuro e, ao chegarmos em Jijoca, ainda no
escuro, fizemos uma fila para o café da manhã (café, leite, sucos e sanduíches)
no hotel Chez Laurant, à beira da Lagoa do Paraíso, local da largada.
O sol nasceu
tímido, tornando meio surreal a visão daquelas quase 100 pessoas ali na areia
da lagoa, conversando, trotando, se alongando, acordando.
Despertar do sol |
Devido aos
imprevistos do transporte dos atletas, a largada atrasou e às 5:50 nós
partimos.
Vídeo da largada: https://www.youtube.com/watch?v=ArtkUpihCDg&feature=youtu.be
Daí pra frente, a
organização cumpriu com o prometido ao dizer que o percurso seria lindo, mas
foi sincera principalmente ao dizer que aquele seria “O Percurso de Praia Mais
Desafiador do Brasil”.
E bote desafiador
nisso !!!!!
Os primeiros 4/5km
foram pela beira da lagoa, àquela hora sem um único ser vivente a não ser nós,
correndo sobre uma areia úmida, sem maiores dificuldades.
Foto da Cris |
Passado esse
trecho, entramos em uma areia fofa de duna. A partir daí o bicho pegou. Foi
areia e mato, areia e mato, areia e mato.. .
Subimos uma duna
(não muito alta, é verdade). Visual lindíssimo para quem teve tempo de olhar ao
redor. Imensidão de dunas brancas.
Vídeo dessa parte do percurso:
Mais um pouco de
areia fofa e avistamos o azul do mar, passando finalmente a correr na beira da
praia, em terreno plano e duro passando por um pequeno riacho o que me forçou a
mergulhar os pés na água.
Finalmente a visão do mar ao fundo |
Mas a alegria
durou pouco e já surge o “serrote”, o morro da famosa “Pedra Furada” de Jeri.
Nessa altura do campeonato, olhar lááááá pra cima do serrote e avistar pequenos
corredores chegando ao topo, não foi nada animador.....
Como eu estava lá
pra finalizar esses 21km, o jeito foi subir.... Caminhando, subindo ao, poucos e
parando, principalmente para me voltar e apreciar a beleza indescritível do
lugar.
Parada para respirar e apreciar toda essa beleza |
Morro vencido,
hora de respirar aliviada e correr os últimos quilômetros em declive leve,
alcançar a vila de Jeri e finalmente completar a prova.
Entrando em Jeri |
Alívio tremendo
de chegar ao final! Meia maratona linda sim, mas muuuuito difícil.
Além da medalha
com o símbolo da pedra furada, os sobreviventes dos 21km receberam uma camiseta
de “finisher”.
Prova perfeita?
Não. Nenhuma prova o é. Qualquer pequena falha com certeza passaria despercebida,
mas infelizmente a organização tropeçou em um ítem que jamais poderia ter
falhado: o abastecimento de água.
Com promessa de
postos a cada 2/3km, no início tudo correu bem mas depois do 7/8 km a água
sumiu. Passei por um posto inclusive com toda a estrutura da água já desmontada.
Nem é preciso dizer a falta que fez a água em um percurso duro daquele e
naquele sol. Felizmente um carro da organização passou por mim e me deu um copinho
por volta do km 12 e ao chegar no km 15,5, lá estava o posto com água,
isotônico e rapadura. Alívio! Os demais postos também estavam abastecidos mas a
falha durante esses 8km foi motivo de reclamação de todos e na hora da
premiação o organizador pediu desculpas pelo ocorrido.
Falha terrível
sim, mas apesar disso fica o mérito da
prova e de todo o restante da organização, que no mais foi simplesmente perfeita.
Parabéns a todos
os corredores da Jeri Beach Run, cada um superando suas dificuldades
pessoais.
Parabéns aos meios maratonistas. A prova foi punk!
Parabéns
aos que encararam e completaram o Desafio do Jacaré.
E parabéns à
organização pela atenção e carinho com todos os participantes e pela dedicação em realizar uma corrida à altura de Jericoacora.
Mais fotos:
Clubventos. Local de entrega do kit |
No sábado de manhã, passeando por parte do percurso dos 21km |
Corredores dos 12km chegando no sábado à tarde |
Alegria dos corredores no por do sol, depois da prova do sábado |
Amigas na concentração pros 21km do domingo |
Foto : divulgação |
E de madrugada, com Ricardo Ramalho |
Transporte pra Jijoca |
Fila pro café da manhã |
Cafezim aí? |
Primeiros raios de sol |
O Piauí veio prestigiar |
Aquecimento |
Partiu! |
Foto: Tavares Júnior |
Foto da Cris |
Saindo da lagoa |
Socorristas posicionados |
Cadê a água? |
Km 15,5 |
Tem que encarar o serrote! |
O farol no topo do serrote |
Foto Tavares Jr |
Visão da vila de Jeri |
Chegada |
Pódio dos campeões |
Pódio das campeãs |
3 comentários:
Showzaço! Próximo ano estarei lá novamente, mas vou encarar usando o bom e velho tênis. Parabéns pela postagem BJ. Forte abraço
Lia que corrida heim???
Caraca....ano passado fiz os 12km e diz bem...
Este ano quase que não termino...kkk
Obrigada amiga... as fotos do blog ficaram ótimas...
Você retratou perfeitamente o que foi os 21 km da 3 JERI BEACH RUN
Isabel
Caramba Lia, bota desafiador nisso. Isso foi uma Meia de Cross.
Ricardo
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