A viagem para
Sevilha, na verdade começa por Córdoba.
Não
necessariamente, claro, mas é uma boa pedida para quem parte de Madri,
desmembrar a passagem de trem em duas, com uma parada pra conhecer Córdoba. Se
essa for a opção escolhida, um guarda volumes em frente à estação serve para
deixarmos as malas e ficar sem preocupação durante a visita à cidade.
Conquistada pelos
romanos antes de Cristo, invadida pelos bárbaros, dominada pelos muçulmanos
(quando foram construídos vários palácios e mesquitas, tornando-a uma das cidade mais populosas do
mundo), em 1236 Córdoba foi reconquistada pelos cristãos.
Com tantas
influências diferentes, a cidade é um paraíso para quem gosta de turistar
caminhando e apreciando suas ruazinhas estreitas, muralhas e construções, mas
dessa vez, além de passear no museu a céu aberto, ingressei na maior atração da
cidade, sua mesquita/catedral e, por mais que eu tente descrever a beleza,
grandiosidade e magia do local, acho que não conseguiria chegar perto do que
senti.
A mesquita, claro
foi construída pelos muçulmanos.
Quando os reis
católicos reconquistaram Córdoba, para o bem da humanidade decidiram não
destruí-la e sim construir sua catedral DENTRO dela.
E a fusão das
duas é impressionante. Em meio aos arcos tão caracteristicamente muçulmanos,
paredes com pequenas capelas e imagens de santos já dão uma visão meio
impossível de coexistência.
Fui andando e observando, pra me surpreender mais ainda
ao chegar no centro da mesquita e me deparar com a nave imensa, grandiosa e
rica de uma catedral cristã.
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Á esquerda, os arcos da mesquita. à direita, a nave da catedral |
Para completar
ainda mais esse quadro de tolerância religiosa, a mesquita-catedral fica ao
lado de um bairro judeu!
Pelo menos pra
mim, “somente” pelo sua mesquita, Córdoba já vale muuuito à pena. Mas como já
disse, caminhar por suas ruas, passar pela Ponte Romana com seus 16 arcos sobre
o rio Guadalquivir também é imperdível..
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Ponte Romana |
E se Córdoba já
foi uma surpresa, Sevilha foi paixão.
4a. maior cidade
espanhola, tem um centro histórico maravilhoso e uma parte mais moderna, às
margens do rio Guadalquivir.
No centro
histórico fica a catedral e a torre Giralda, mas o movimento por suas ruas
estreitas, com as características carruagens e artistas de rua, dentre eles
músicos de flamenco e dançarinas com castanholas hipnotizaram minha atenção a
tal ponto, que declinei da visita à catedral e à torre com a Cris, preferindo
sentar com Benésio em um barzinho e ficar observando todo o movimento à minha volta. A cidade pulsando.
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Movimento das ruas em frente à catedral |
Flamenco pelas ruas de Sevilha:
https://www.youtube.com/watch?v=-bstdw6HTxE
Depois me rendi e
fui visitar o Real Alcazar, um complexo de palácio com jardins, pátios e
capelas, até hoje utilizado para alojamento da família real. Imperdível!
A Plaza de
Espanha foi outro deslumbramento. Daqueles de você entrar, deixar o queixo cair e falar "putz! O que é issooo?".
Um canal com
pontes e barquinhos, azulejos lindos, um jardim ao fundo e carruagens a
passear. Local incrível que não cansei
de admirar. Mais parecia um quadro. Lugar pra passar muito tempo curtindo e admirando.
E as famosas
touradas? Elas ainda ocorrem sim, durante a temporada. Não chegamos a ir a nenhuma,
mas fomos até a plaza de toros, a Real Maestranza, de onde seguimos em uma
visita guiada bastante interessante, com explicações sobre os toureiros, as
touradas e suas regras.
Sevilha também
tem uma parte muito moderna. Exemplo é o Metropol Parasol, obra contemporânea, maior
estrutura de madeira do mundo.
Pra relaxar e ver
a vida passar, um passeio no final do dia às margens do rio é a pedida. A noite
do outro lado da ponte, apesar de não termos ficado pra ver, devido o cansaço
do dia, parece ser bastante animada, pela quantidade de mesinhas que já estava
colocada ao longo da calçada.
Dicas pra quem
vai:
Hotel em Sevilha:
ficamos novamente no esquema do Airbnb. Dessa vez um apartamento bem legal,
inteiramente pra nós, em uma região totalmente residencial, mas achei que ficou
um pouco distante das principais atrações.
Nos deslocamos
muito à pé e algumas vezes de táxi. Lá não existe metrô, mas tem um bom sistema de ônibus (que não utilizamos)
Viagem para
Córdoba – De Madri pra Córdoba são 2h de trem e de Córdoba pra Sevilha, 1h.
Ficamos 5 horas em Córdoba, o que achei suficiente.
Ao descer na
estação de trem em Sevilha, é só atravessar a rua que tem um lugar pra deixar
as malas.
Mais fotos:
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Pronta para embarcar no trem pra Córdoba |
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Ruas de Córdoba do lado de fora das muralhas |
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Um mercado no caminho entre a estação de trem e a cidade história (muito bom) |
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Tapas, tapas e tapas.... |
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Jamón, jamón e jamón..... |
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Uma das portas de entrada de Córdoba |
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Interior da Sinagoga |
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Chás e especiarias |
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Cavalariça | | | | | |
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Ponte romana |
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Com Cris em mais uma das entradas da cidade |
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Os arcos no interior da mesquita-catedral |
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A nave da catedral no centro da mesquita |
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Ruas de Córdoba |
SEVILHA
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Por do sol na nossa chegada a Sevilha |
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Treininho em frente à catedral |
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Flamenco! |
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Criatividade pelas ruas |
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A rua mais estreita! |
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Metropol Parasol |
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Rio Guadalquivir |
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Alcazar Real |
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Jardins do Alcazar Real |
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Plaza de Toros La Maestranza |
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