Minha primeira meia maratona
da série Rock and Roll foi em Lisboa, em 2013 (ver aqui) e a segunda foi em solo espanhol,
mais precisamente madrilenho, no dia 24 de abril.
Não sou nenhuma roqueira e, pra falar a verdade, teria preferido palcos com fados na primeira e tablados
com dançarinas de flamenco na segunda ( :) :) ) mas, gostos musicais à parte, a edição
de Madri foi, em termos de organização o
mesmo que sua vizinha ibérica: show!
Com percursos de 10, 21 e
42km, foi minha prova recordista em número de corredores: 33 mil!
Muito né?
Mas, se fosse levado em conta somente o tamanho das filas diante dos guichês de recebimento do número de peito/chip, camiseta e bolsa da prova na entrega dos kits,
parecia mesmo um evento feito para 500 atletas, Fila ZERO!
Tá certo que cheguei (direto
do aeroporto) no horário do almoço, mas, enquanto a entrega dos kits ocorria na
maior tranquilidade e organização, a feira do evento estava lotaaada. Muitas tendas
de tudo quanto é coisa e apetrecho que corredor adoooora ficar olhando e
comparando.
Depois de olhar um pouco as coisas e desistir por me sentir um pouco sufocada com aquele movimento, fiquei
esperando meus companheiros de corrida que já haviam chegado à cidade no dia
anterior: Cris, Davi e Benésio.
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Com Cris e Benésio |
Quando finalmente eles
chegaram, fomos os últimos a entrar no local destinado ao almoço de massas (totalmente gratuito para todos os corredores), que àquela hora já estava
praticamente vazio, mas com macarrão à bolonhesa e cerveja à vontade pra nós 4!
É, cervejaaaaa! E sem patrulhamento (hehehehe).
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Eu mereço um brinde sim! |
No domingo, a largada dos
10km (prova do Davi) seria às 8h30. Já a meia maratona (minha prova e da Cris)
sairia às 9h juntamente com a turma dos 42km (prova do Benésio).
Estávamos hospedados
pertinho da largada então fomos andando no frio primaveril de 9oC.
Talvez por ser muita gente,
fizeram a largada em um local e a chegada (mesmo local do guarda volumes) em
outro. Nada tão longe assim, mas para nós, que não conhecíamos o lugar e ainda
mais naquela multidão de gente, foi distante o suficiente para deixarmos as
coisas no guarda volumes e sair correndo (literalmente), chegando de volta no
exato momento da nossa largada.
Daí pra frente, pelo menos
pra mim, foi só festa!
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Hora de correr e de se divertir. Partiu! |
O percurso tem suas subidas
e descidas por largas e bonitas avenidas da capital espanhola. As 7 bandas
espalhadas pelos 21km não tocaram nenhuma música conhecida por mim (já disse
que não sou roqueira....) mas deu pra dar uma animada e parar pra filmar e
tirar fotos.
Até que havia muitos
brasileiros e corri conversando com um e com outro, inclusive com
uma mineira que iria dali direto fazer pela 2ª. vez o percurso completo do
Caminho de Santiago.
Água somente de 5/5km.
Tudo
bem que tava frio, mas senti a garganta seca nos intervalos entre os postos devido
ao clima seco, acostumada que sou com a grande umidade de Fortaleza.
No km 16, gel à vontade e
bananas.
Staffs VOLUNTÁTIOS, perfeitos, seja nos postos de água, seja no meio do percurso com sprays para dores musculares, seja no guarda volumes, seja na chegada. Tudo feito por vontade claro que é mais bem feito!
No final, uma placa
indicando a saída à direita para quem não estava devidamente inscrito (poucos
os que vi) e um cordão de seguranças observava atentamente quem estava com o
número de peito, salvo conduto para passar por eles e acessar a área da entrega
de frutas, medalhas (lindas!) e massagem. Área totalmente reservada para os
corredores inscritos.
Ruim porque, quem tinha familiar ou amigos esperando, nada de
abraço na chegada.... Teria que passar pelos portões pra só então encontrá-los e
comemorar. É um bom modo de evitar “pipocas” na chegada, mas ruim pro corredor
que quer ter o prazer e reconhecimento do esforço no abraço.
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Daqui pra frente, só quem tivesse número de peito |
Bem, como eu não tinha quem
abraçar mesmo, fiquei na boa ali observando os corredores juntamente com a Cris
e esperando pelo Benésio que chegou literalmente morto. O percurso de 42km com
certeza era mais bonito do que o da meia maratona, por passar por mais pontos
turísticos, mas em compensação foi muito mais pesado, com consideráveis
subidas.
Mas ele sobreviveu e a
sequela foi, pelos próximos 3 dias, ter que se arrastar (bravamente!) atrás de
nós enquanto percorríamos extasiados nosso roteiro espanhol por Madri, Toledo,
Córdoba e Sevilha.
Valeu Madri!
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Mais uma! |
Mais fotos:
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Ainda com a mala. Morta! |
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Almoço de massa com cerveja |
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Refeitório já vazio |
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Foto: Cris |
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Chegando na largada no Palácio de Cibeles |
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Friiiio!!! Foto: Cris |
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Procurando o guarda volumes no Parque El Retiro |
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Guarda volumes dos 21km |
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Um grupo de corredores cervejeiros |
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Multidão na largada |
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Cris mostrando os casacos deixados para trás com o início da prova |
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Comissão de "varredores" da organização fechando a prova |
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Vamos nessa!!! Foto: Cris |
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Pose pra foto no rock |
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Posto de água |
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Hora de correr.... |
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Hora de parar para fotos. Foto: Cris |
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Ô povo pra gostar de cerveja! |
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A passagem do queniano do pelotão de elite da maratona |
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Lindíssima Porta de Alcalá |
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Uma subidinha no último km |
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Spray no joelho dolorido da Cris. Staffs nota mil. |
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Selfie na chegada |
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E a chegada da Cris |
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Entrega de medalhas |
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Guarda volumes dos 42km |
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Indo pra casa depois de quase 5h de prova e os corredores dos 42km ainda chegando |
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Cada marmota! |
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Depois da prova, merecida comemoração |
4 comentários:
Parabéns pela meia e pelo belo relato!
Telma
Êta que coisa boa!
Parabéns, amiga
José Amâncio
Belissima reportagem com belissimas fotos. Pena que não me avisou com antecedencia para que eu pudesse te acompanhar em alguns passeios.
André A. Vázquez
Vazquez Assessoría
Bom gosto musical, corredora: sem menosprezar o rock and roll, palcos com fados em Lisboa e tablados com dançarinas de flamenco em Madri...
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