Eu já havia feito provas
cross. Curtinhas. Ou então mescladas,
parte em asfalto, parte cross.
Por preferência, sou
corredora de asfalto mesmo e, nesses 12 anos de corrida, tenho assistido de
longe o crescimento de provas cross, com muitos amigos migrando da cidade para
os matos. Incrível como tem realmente aumentado o número de provas assim Brasil
afora.
Tenho permanecido no meu
asfalto. Trilha e mato? Adoro, mas pra passear, caminhar. Não pra correr.
Mas ....
Para abrir o calendário de
2016 com a minha distância preferida, os 21km, surgiu logo uma cross no caminho
e, depois de pensar muito, decidi encarar. Seria minha 41ª. meia maratona, a primeira de 2016, uma corrida nova e ainda
por cima em Fortaleza (ou quase, já que Maranguape é bem aqui pertinho...).
Realizado no Terra na Veia, antiga
fazenda da Cachaça Colonial, em Maranguape, local com trilhas para os amantes
da prática de mountain bike e cada vez mais utilizado para treino de
corredores, o 1º. Desafio Cross Run Terra na Veia contou com revezamento dupla
e quarteto, além dos 21km solo. Idealizado pelo Mano Silva, rapidinho teve suas
inscrições esgotadas e estreou com pouco mais de 300 atletas.
A largada atrasou uns 15
minutos e logo depois das 7 horas partimos. De inicio a turma solo
masculina/feminina e depois a turma do revezamento.
O primeiro km, de trilha bem
estreita, ficou meio confuso com os corredores mais rápidos e competitivos do
revezamento vindo de trás procurando espaço para ultrapassar quem estava na frente. Cheguei a
pensar que toda volta seria daquele jeito, naquela afobação de afastar para dar
passagem, correndo o risco de uma batida ou queda na trilha. Mas não. Depois os
corredores foram ficando mais espaçados uns dos outros e a coisa fluiu melhor.
O percurso? Tinha pedra,
areia, ladeira, descida, água, ponte, lama.... Só não tinha asfalto!
Confesso que na minha
primeira volta, praticamente mais andando do que correndo, de tanto medo que eu
estava de cair, disse pra mim mesma que faria somente mais a segunda volta pra
tirar fotos e pararia. Já tinha visto como era e não me empolguei muito em
continuar.... Tá bom! Melhor parar e evitar uma queda! Rsrsrs
Mas aí fui conversando com
um, com outro, conheci uma dupla que estava estreando nos 21km, fiquei ao lado
da Dany e da Germana que vinham de uma virose e estavam esforçando-se pra
terminar aquela prova e, ao fechar a segunda volta com essa turma, decidi continuar. Vou terminar meus 21km sim.
E assim eu segui. Sem
pressa, com cuidado, tirando fotos, filmando e conversando.
Pra quem cai com facilidade
tropeçando na própria sombra, consegui com louvor evitar todas as raízes,
galhos, ladeiras, descidas e até (na terceira volta) aprendi que em uma subida
bem íngreme era melhor subir correndo de uma vez, do contrário meus tênis de
asfalto me fariam escorregar....
Escapei do mais difícil pra
cair em frente às tendas das assessorias, quando meus pés engancharam-se em
um daqueles barbantes usados para amarrar algo e que foi deixado no meio da
grama. Caí devagarzinho porque foi bem na hora em que eu estava parando pra
tirar uma foto. Menos mal. Também eu não podia passar pelos meus primeiros 21km
cross sem levar uma queda!
Momento exato do pre queda. Flagrante do Arnoldo |
Na minha opinião, o único
ponto negativo da prova foi o circuito em voltas. Para quem corre a meia
maratona, dar 4 voltas não deixa de ser monótono, apesar de toda a dificuldade
e diversidade do percurso. Mas, tendo sido a prova pensada para a festa e entrosamento
do revezamento, as voltas foram perfeitamente justificáveis.
No restante, não enxerguei
nenhuma falha considerável. O local era fechado para os participantes inscritos
e seus convidados, a hidratação em 2 postos estava perfeita, a trilha bem
sinalizada, staffs nos pontos onde poderíamos nos perder, camiseta e medalha
bonitas.
A premiação foi somente para
os três primeiros colocados em cada modalidade, o que, também na minha opinião,
acabou sendo bem pensado pois se tivesse a premiação por categoria, a disputa
seria maior, causando mais empurra empurra empurra nas trilhas o que, a meu
ver, não deveria ser o objetivo da prova.
O Desafio Cross Run foi sim
um grande divertimento, um maravilhoso encontro entre os amantes das corridas,
corredores dos matos ou de asfalto.
Parabéns ao Mano, parabéns
aos apoiadores, como o Plauto Holanda, amante de corridas em trilhas e
montanhas e parabéns a todos que participaram abrilhantando o evento.
Que fique no calendário para
os próximos anos!
Mais fotos e um vídeo de momentos da prova:
Entrega do kit na Nutriente |
Plauto Holanda falando sobre a prova |
Com o queniano Daniel Carneiro |
Apoio fundamental e muito bem vindo para ajudar em uma subida |
Turma me fazendo inveja nas duas últimas voltas |
Com André Menezes |
Mais uma. A 41a. |
Com Júnior e Arleíse, amigos de Canindé |
Com Dany Sipriano |
10 comentários:
Parabéns pela 41ª, pelo post, pelas fotos, pelo vídeo, pela música... Blz!
Mais uma vez...obrigada por sua força, Lia ...foi fundamental pra eu concluir... Show
Dany
Bom dia, não tirei foto da queda, pois uma dama não pode ser fotografada daquele jeito. Kkkkk
Arnoldo
Bom Lia Campos minha estreia não podia ter sido melhor!
Ao lado desse icone das corridas!!!
Até a proxima.
Emanuel
Muito bom!
Marília
Lia, me perdoe em discordar, a corrida não foi boa, a corrida foi phodastica !!!!!! A melhor de todas que já participei
Márcio
Sensacional, Parabéns Lia e vc foi guerreira o nível das trilhas estava pedreira. !!
Pedro Ângelo
Lia sempre retratando o melhor relato e visão com a alma de uma corredora onde a bagagem é grande nesse mundão à fora
Paulo Bandeira
Show! Parabéns pela 41!
Telma
Acabei de assistir ao vídeo que você publicou no seu blog, já tinha lido a sua avaliação da prova.
Ficou muito legal
sublime, me senti acarinhado. Muito obrigado
Mano
Postar um comentário