Com certeza Cartagena é o
primeiro, senão único local que vem à mente dos brasileiros quando se fala em
Colômbia.
Blogs em profusão, sites,
excursões.
Fica no caribe colombiano,
mas aquelas águas transparentes, aquele mar azul próprio do Caribe não são
exatamente o que vamos encontrar por lá.
Não. O charme da cidade
vem da sua história que se mantém conservada nas ruas estreitas, casas
coloniais de sacadas características, tudo isso envolto pelas famosas muralhas.
Fundada em 1533, batizada em
homenagem à cidade de Cartagena, na Espanha, a da Colômbia foi um importante porto no período
colonial. Devido sua prosperidade e riqueza, nessa época era constantemente
atacada por piratas e para se prevenir desses ataques, o rei Filipe II ordenou a
construção de 11km de muralhas em torno da vila. Além das muralhas, que foram
terminadas em 1796, o projeto para defesa da cidade incluiu o Castelo de San
Felipe. Ambos ainda hoje são preservados e desde 1984 Cartagena das Indias foi declarado Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco..
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As muralhas e o mar caribenho |
Mas é claro que a cidade
cresceu e nos dias atuais ela transborda através e além das muralhas.
Por isso,
existem três zonas bem distintas: o centro histórico dentro das muralhas, a
zona mais afastada do centro histórico, mas ainda dentro do perímetro
amuralhado e a Cartagena nova, com prédios bonitos, hotéis grandes, lojas de
grife e shoppings, Bocagrande.
Leia Mais!!!!
Hospedei-me fora do centro,
no bairro chamado Getsemani. Bairro mais popular, com muitos albergues e por
isso mesmo povoado de turistas mais jovens.
Não tem o charme do centro
histórico. Não tem suas casas coloridas. Ao chegar fiquei meio desapontada com
isso. Mas depois achei interessante estar hospedada num local mais popular e
poder observar, junto aos turistas jovens e mais "descolados” o dia a dia dos
habitantes da cidade. Ruas simples, pousadas e albergues também muito simples
junto à restaurantes locais, mercearias, quitandas, comércio. Tudo juntinho em
ruas estreitas.
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Getsemani |
A noite no Getsemani também
tem a vantagem de ser mais barata, se comparada com os restaurantes do centro.
Junto à Plaza de La Trinidad, de frente à igreja, foi muito interessante
observar jovens artistas de rua e artesãos, cantando, tocando, vendendo
artesanato, enquanto conversavam. Pessoas de todos os lugares, dentre elas uma
amazonense novinha que estava ali vendendo artesanato, em uma parada na sua
viagem pela América do Sul.
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Plaza de La Trinidad |
Já o centro histórico é
conhecido demais! O bom é perder-se nas suas ruas. Passear, olhar as lojinhas,
parar pra comer uma arepa ou tomar um suco de limão no meio da rua.
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Delícia de arepa! |
Existem
igrejas pra se conhecer e, dentre os pontos turísticos, o mais badalado talvez
seja o Café Del Mar que fica em um ponto estratégico em cima da muralha, com
uma vista muito bonita pro mar.
E tem o Castelo de San Felipe,
claro! Não perca essa visita e vá na salinha onde é exibido um filme contando
um pouco a história da cidade e da famosa batalha contra os britânicos.
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Castelo de San Felipe |
Já em Bocagrande, pode-se ir
de taxi (que existe aos montes na cidade e que só faltam lhe colocar à força
dentro deles) ou com o ônibus que faz o tour completo guiado e que você pode
descer e subir quantas vezes quiser em pontos pré estabelecidos.
Foi essa minha
escolha e foi bem legal. Parei um pouco na praia e pude ter uma ideia da cidade
fora das muralhas.
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Bocagrande |
Em relação à praia...... Quem é do Ceará não sente sequer
vontade de molhar os pés! Mas se bem que fiz isso, afinal quis pelo menos
molhar meus pés no mar caribenho! rsrs
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Pés brancos de corredora, no mar do Caribe |
Se a praia na cidade é sem
graça, existem passeios que se faz de barco pra praias mais afastadas, como
Playa Blanca, Isla Del Rosario e outras que ficam no arquipélago
próximo. Depois de ler muito a respeito da muvuca nessas praias, da chatice de
vendedores ambulantes perturbando e de pensar em um possível enjoo na viagem de
lancha, descartei essa possibilidade, resolvendo curtir somente a “cidade
amuralhada” mesmo. Praia por praia, tenho as minhas e só encaro outras se for
pra ter tranquilidade.
Não me arrependi. Curti a
cidade mesmo.
Dicas pra quem vai:
Como ir: fui de Avianca. 45
minutos de voo.
Saindo do aeroporto: taxi
previamente pago no guichê do aeroporto com tarifa já fixada (10 mil pesos). Os
taxis na cidade não têm taxímetro, então pagar previamente foi uma boa.
Hotel: fiquei em uma
pousada. Beeeem simples e básica (Casa de La Trinidad). Acho que o legal é
ficar mesmo dentro das muralhas e perto do centro histórico, que é a principal
atração. Ficando em Bocagrande, com certeza perde-se um pouco do pitoresco e
charme do local.
Café Del Mar: Abre somente às
17 horas. É bem carinho, mas não deixe de ir apreciar o por do sol.
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A praia de Bocagrande |
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Aprendendo sobre o café no "JuanValdez Café" |
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Almoço em um shopping em Bocagrande |
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