quinta-feira, 10 de setembro de 2015

Cartagena das Índias, a cidade amuralhada e suas casas avarandadas - julho 2015

Com certeza Cartagena é o primeiro, senão único local que vem à mente dos brasileiros quando se fala em Colômbia.
Blogs em profusão, sites, excursões.
Fica no caribe colombiano, mas aquelas águas transparentes, aquele mar azul próprio do Caribe não são exatamente o que vamos encontrar por lá.
Não. O charme da cidade vem da sua história que se mantém conservada nas ruas estreitas, casas coloniais de sacadas características, tudo isso envolto pelas famosas muralhas.






Fundada em 1533, batizada em homenagem à cidade de Cartagena, na Espanha, a da Colômbia foi um importante porto no período colonial. Devido sua prosperidade e riqueza, nessa época era constantemente atacada por piratas e para se prevenir desses  ataques, o rei Filipe II ordenou a construção de 11km de muralhas em torno da vila. Além das muralhas, que foram terminadas em 1796, o projeto para defesa da cidade incluiu o Castelo de San Felipe. Ambos ainda hoje são preservados e desde 1984 Cartagena das Indias foi declarado Patrimônio Histórico da Humanidade pela Unesco..


As muralhas e o mar caribenho

Mas é claro que a cidade cresceu e nos dias atuais ela transborda através e além das muralhas.
Por isso, existem três zonas bem distintas: o centro histórico dentro das muralhas, a zona mais afastada do centro histórico, mas ainda dentro do perímetro amuralhado e a Cartagena nova, com prédios bonitos, hotéis grandes, lojas de grife e shoppings, Bocagrande.

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Hospedei-me fora do centro, no bairro chamado Getsemani. Bairro mais popular, com muitos albergues e por isso mesmo povoado de turistas mais jovens.
Não tem o charme do centro histórico. Não tem suas casas coloridas. Ao chegar fiquei meio desapontada com isso. Mas depois achei interessante estar hospedada num local mais popular e poder observar, junto aos turistas jovens e mais "descolados” o dia a dia dos habitantes da cidade. Ruas simples, pousadas e albergues também muito simples junto à restaurantes locais, mercearias, quitandas, comércio. Tudo juntinho em ruas estreitas.



Getsemani




A noite no Getsemani também tem a vantagem de ser mais barata, se comparada com os restaurantes do centro. Junto à Plaza de La Trinidad, de frente à igreja, foi muito interessante observar jovens artistas de rua e artesãos, cantando, tocando, vendendo artesanato, enquanto conversavam. Pessoas de todos os lugares, dentre elas uma amazonense novinha que estava ali vendendo artesanato, em uma parada na sua viagem pela América do Sul.



Plaza de La Trinidad

Já o centro histórico é conhecido demais! O bom é perder-se nas suas ruas. Passear, olhar as lojinhas, parar pra comer uma arepa ou tomar um suco de limão no meio da rua.





Delícia de arepa!

Existem igrejas pra se conhecer e, dentre os pontos turísticos, o mais badalado talvez seja o Café Del Mar que fica em um ponto estratégico em cima da muralha, com uma vista muito bonita pro mar.





E tem o Castelo de San Felipe, claro! Não perca essa visita e vá na salinha onde é exibido um filme contando um pouco a história da cidade e da famosa batalha contra os britânicos.



Castelo de San Felipe

Já em Bocagrande, pode-se ir de taxi (que existe aos montes na cidade e que só faltam lhe colocar à força dentro deles) ou com o ônibus que faz o tour completo guiado e que você pode descer e subir quantas vezes quiser em pontos pré estabelecidos.
Foi essa minha escolha e foi bem legal. Parei um pouco na praia e pude ter uma ideia da cidade fora das muralhas.



Bocagrande

Em relação à praia...... Quem é do Ceará não sente sequer vontade de molhar os pés! Mas se bem que fiz isso, afinal quis pelo menos molhar meus pés no mar caribenho! rsrs






Pés brancos de corredora, no mar do Caribe

Se a praia na cidade é sem graça, existem passeios que se faz de barco pra praias mais afastadas, como Playa Blanca, Isla Del Rosario e outras que ficam no arquipélago próximo. Depois de ler muito a respeito da muvuca nessas praias, da chatice de vendedores ambulantes perturbando e de pensar em um possível enjoo na viagem de lancha, descartei essa possibilidade, resolvendo curtir somente a “cidade amuralhada” mesmo. Praia por praia, tenho as minhas e só encaro outras se for pra ter tranquilidade.
Não me arrependi. Curti a cidade mesmo.


Dicas pra quem vai:

Como ir: fui de Avianca. 45 minutos de voo.

Saindo do aeroporto: taxi previamente pago no guichê do aeroporto com tarifa já fixada (10 mil pesos). Os taxis na cidade não têm taxímetro, então pagar previamente foi uma boa.

Hotel: fiquei em uma pousada. Beeeem simples e básica (Casa de La Trinidad). Acho que o legal é ficar mesmo dentro das muralhas e perto do centro histórico, que é a principal atração. Ficando em Bocagrande, com certeza perde-se um pouco do pitoresco e charme do local.

Café Del Mar: Abre somente às 17 horas. É bem carinho, mas não deixe de ir apreciar o por do sol.

City Tour no ônibus: CitySigthSeeing. Vários pontos para subir/descer. O mais central fica na Torre do Relógio. Valor: 45 mil pesos.



Veja Mais Sobre a Colômbia: Projeto Colômbia
                                                                 Bogotá e Zipaquirá
                                                                 Medellin. Dois dias foram pouco
                                                                 Caño Cristales




 

Mais fotos:









Flagrante "Correndo o Mundo" de um corredor em seu treino em Cartagena


Praça principal



E os doces sob os arcos
















Vendedores no Castelo de San Felipe



As muralhas



Sacadas de Cartagena









O antigo e o novo



Da cidade amuralhada, a visão da Cartagena moderna






Botero!












Café del Mar





Torre do Relógio





A praia de Bocagrande















Aprendendo sobre o café no "JuanValdez Café"





Almoço em um shopping em Bocagrande













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