Eu sabia que um dia iria
subir a escadaria que via da estrada em Redenção sempre que passava a caminho
de Guaramiranga!
Não tinha essa vez que, ao
passar e olhar o caminhozinho cortando o verde da mata, na Serra do Cruzeiro,
eu não me imaginasse subindo e apreciando a paisagem.
Enfim um treino foi marcado
no local e lá estávamos eu, Diniz, Djacir, Nascimento e Jarbas para subir os
720 degraus da escadaria do Alto de Santa Rita, com o Mausoléu na base, uma imagem
e a capela da santa no caminho e, no
topo, Cristo da cruz.
A subida é pesada, mas fui
caminhando, apreciando a vista e tirando fotos. Diniz e Nascimento resolveram
fazer o percurso por duas vezes, e correndo. Um treino com certeza excelente,
mas meu objetivo era mesmo o passeio.
Vista do alto da escadaria |
A cidade de Redenção foi a
primeira do Brasil a libertar os escravos. Isso em 1883, quando a então vila
tinha o nome de Acarape.
Tá certo que a quantidade de
escravos era mínima (116), que muito provavelmente em nada influenciava
economicamente, mas o importante é que a cidade ficou como a pioneira na
libertação da escravatura, 5 anos antes da Lei Áurea e por isso passou a
chamar-se Redenção.
Além da escadaria um passeio
que considero imperdível na cidade é a visita ao Museu Senzala Escravo Liberto.
Eu já havia estado lá com
meus filhos e dessa vez fui novamente, já que meus amigos não o conheciam.
Localizado no Engenho
Livramento, o museu é a antiga Casa Grande da propriedade, com muitos objetos
da época e, o mais interessante, a senzala tal e qual foi utilizada, que se
localiza no subsolo da Casa Grande.
Interessante e ao mesmo
tempo sinistro, adentrar o local onde os escravos viviam, onde eram castigados,
sempre observados através das frestas entre as madeiras do assoalho, afastadas
de propósito para que os senhores pudessem observar a movimentação de seus
cativos.
Interior da senzala com os ferros para aprisionar os escravos |
Um dos locais de castigo |
Felizmente, em 1883, os
escravos da propriedade foram libertos e hoje o museu vale a visita para nos
lembrar da história.
Bem, o treino, pelo menos
pra mim, não foi bem um treeeeeino, mas o passeio foi sensacional. Pela subida das escadaria e a vista sensacional,
pelo museu e pela conversa com amigos.
Mais fotos e vídeo do nosso treino cultural.
A Casa Grande |
Objetos utilizados pelos escravos |
Interior de Casa Grande - sala |
Aberturas propositais entre as tábuas do assoalho |
Mais um local de castigo no interior da senzala |
3 comentários:
Legal Lia, adorei o vídeo!
Telma
Linda, linda... ...postagem... ...me emocionei.
Djacir
Excelente!!! cultural!!!
Duda
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