A etapa do meu “Projeto
Conhecendo Correndo as Capitais do Brasil” em Teresina estava marcada para
ocorrer somente em 2015 com a prova “GP Teresina”.
Embora eu já tivesse lido a
respeito da Meia Maratona do Sertão, achei que correr 21 km no Piauí, com
largada às 7h da manhã seria por demais desgastante e decidi esperar mesmo
pelos 10 km do GP no próximo ano.
Porém os planos mudaram de
rota quando minha amiga Sônia, que mora em Fortaleza mas é teresinense chamou-me
para ir correr com ela a desafiante 5ª. Meia Maratona do Sertão.
Passagem comprada, inscrição
feita, mas, depois do meu sofrimento com
o sol na meia maratona em Maceió, confesso que quis amarelar e, diante do
“terrorismo” de alguns amigos e, principalmente da minha mãe, que após as duas mortes
na corrida em Campo Grande, antevendo o famoso calor piauiense provavelmente
achou que eu poderia não escapar viva, cogitei a possibilidade de correr os
10km da prova.
Se era pra ser pior do que
Maceió, mais quente, percurso cheio de ladeiras, melhor sofrer pouco mesmo....
Não sei se tive sorte, mas a
verdade é que nos dias em que permaneci em Teresina, a temperatura estava
quente sim, mas nem de longe chegou perto ao que passei em Campo Grande. Aliás,
até o calor em Goiânia ganhou.
Bom pra mim que, nesse caso,
resolvi fazer os 21 mesmo e encarar minha 31ª. meia maratona e 17ª. capital.
Teresina entre os rios Parnaíba e Poty |
A prova é uma corrida de
corredores para corredores.
Nascida com o objetivo de
comemorar o aniversário de um apaixonado por corridas de rua, o evento vem
crescendo e nessa 5ª. edição foram abertas 400 vagas.
Entrega do kit com Vera, Sônia e Drica |
Considerada bastante difícil
por acontecer em novembro, que faz parte dos meses de B R O–BRO, famosos pelo
calor na cidade, com um percurso cheio de subidas, largada às 7h (por causa do
órgão de trânsito) a prova foi uma surpresa pra mim.
Claro que a maior surpresa foi
o calor. Não foi absolutamente nada do que eu esperava que iria encontrar.
Com saída em frente ao Parque
Zoobotânico, o percurso segue para os arredores de Teresina, uma zona mais
rural e inteiramente sombreada. Até vento eu peguei! Um refresco em comparação
à Maceió...
Na largada |
Organização nota mil.
O percurso não é isolado
para os corredores. Apenas acompanhado por policiais em motos, o que não chega
a ser um problema pois são poucos os atletas e também pouco o movimento de
carros. Não presenciei nem soube de nenhum incidente.
Começo da prova |
Uma das ladeiras |
Postos de água gelada a cada
2km, dois postos de isotônico em saquinhos, bons staffs e chegada no sítio do
mesmo aniversariante idealizador da corrida, com direito a banho de piscina,
frutas, massagem, premiação por categoria de 5/5 anos com bonitos troféus e
sorteio de prêmios no final
Minha 31a. meia maratona e 17a. capital |
Uma festa de corredores.
Como a corrida parte de um
ponto e chega a outro, a organização disponibiliza um ônibus para levar os atletas
de volta ao ponto de partida. Esse é o único ponto negativo porque quem estava
dependendo do ônibus teve que esperar muito tempo para voltar, uma vez que a
premiação foi demorada.
Eu felizmente não tive esse contratempo
porque fui de carro com a família da Sônia e dessa vez não tive qualquer
problema de “passamento” depois dos 21km. Tirei de letra o temido calor de
Teresina, as 18 ou 19 ladeiras do percurso, terminei feliz da vida e me
sentindo muito bem.
Voltamos com três troféus para Fortaleza, com Sônia, Nascimento e Vanderli no pódio |
Quanto à cidade, que apesar
de ser vizinha à Fortaleza eu não conhecia, também foi uma agradável surpresa.
Ciceroneada pela minha
amiga, não poderia ter um guia mais eficiente e passeamos bastante por aquela que é única capital nordestina que não fica à beira mar e tem o nome em homenagem à imperatriz Teresa Cristina Maria de Bourbon (Teresa + Cristina), que teria intermediado junto a D. Pedro II, a mudança da capital do estado, que antes era a cidade de Oeiras.
Andamos pelo centro, pelo centro
de artesanato, pelas margens dos dois rios que envolvem Teresina, o Parnaíba e o
Poty, conheci o Parque Potycabana, almocei um delicioso capote no restaurante
Favorito e, depois da corrida fui ver o encontro dos rios e almoçar um peixe
com pirão no restaurante Flutuante, que tem uma bonita vista à beira dos dois rios.
Parque Potycabana |
Só não bebi "in loco" a famosa cajuína, imortalizada na música que Caetano Veloso fez em homenagem ao poeta teresinense Torquato Neto.
Quero agradecer à Sônia, que
foi nota mil, à Vera, sua irmã e toda a família, que me recebeu tão bem.
E parabéns aos organizadores
e a todos os corredores que participaram da Meia Maratona do Sertão.
Valeu Teresina!
Dicas para quem for:
Por conta de um engano meu, fiquei em dois hotéis, o Ibis e o Luxor. Ambos são bons e ficam no centro da cidade.
Não deixe de ir no restaurante Favorito. Se não gostar de capote, existem outros pratos, como carne de sol.
Mais fotos:
Lapinha |
Av Antonino Freire, a menor avenida do mundo, com apenas dois quarteirões |
Preguiça gigante no centro de artesanato |
Ponte Estaiada e seu mirante |
Mais uma ladeira na prova |
Medalhada, com Vera e Sônia |
Party time |
Com Kika, arrochando na melancia |
O idealizador da prova |
A transada decoração do restaurante Favorito e o delicioso capote |
Restaurante Flutuante no encontro dos rios |
Do restaurante dá pra ver o encontro das águas do rio Poty e o Parnaíba |
4 comentários:
Lia, nós que agradecemos sua presença no evento, onde é realizado a única meia maratona do Piauí. Esperamos o seu retorno em 2015.
Ghepards Instinto Corredor
Lia muito bacana como voce descreveu a 5 Meia Maratona do Sertão. Muito obrigada. bjm
Isabel
Belo relato! Parabéns pela 31ª "meia" e pela 17ª capital...
Lia, nós é que agradecemos a honra de tê-los recebido em Teresina.
Valeu!!
Sônia
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