Sempre que aparece uma
corrida com preços mais altos, é tiro e queda as reclamações surgirem nos grupos
de corredores.
Muitos acham que as provas
deveriam ter taxas mais acessíveis para que todos pudessem participar
devidamente inscritos. Sem dúvida isso seria excelente, mas eu não consigo mudar
a minha opinião de que as corridas de rua são sim um negócio como outro
qualquer, onde quem organiza quer ter seu lucro e quem paga a taxa de inscrição quer ter bons serviços em
troca, como uma excelente organização e demais itens que todo corredor cobra em
uma corrida, inclusive o que não é condição sine qua non para que a prova seja perfeita, como uma boa camiseta,
bonita medalha e brindes.
Penso assim pois com
certeza uma prova de rua não é algo de primeira necessidade, não é algo vital
para ninguém. Então, do meu ponto de vista é bem simples: se a prova é cara,
vai quem quer, paga quem quer. Quem acha caro ou não pode pagar, não vai. E ninguém vai deixar de correr por isso....
Do mesmo modo, já participei
de provas com taxas simbólicas de inscrição, sem chip para marcação de tempo,
sem camiseta, com medalha ultra simples, sem balizamento e com pouquíssimos
inscritos. Por que poucos participantes nessas provas? Porque o inverso também
é verdadeiro: existem os que não gostam de provas baratas e “carentes”. Preferem corridas mais “chiques” e “glamourosas”.
Já eu, gosto mesmo é de
correr. Contanto que o preço não seja totalmente fora da realidade, entrando na
zona da exploração, mas que seja um valor compatível com o oferecido pela
organização, pago para participar de certas corridas.
E também gosto de participar
das provas com taxas simbólicas, já sabendo com o que irei me deparar como
organização.
Gosto de participar das
provas, mas, como eu disse em um grupo de corrida na net, felizmente para
praticar o esporte que eu tanto amo, não preciso de provas. Posso correr pelas
ruas na hora que quiser, por onde quiser, sozinha ou com amigos. E esses
treinos são sempre impagáveis. Literalmente. É neles que uno o prazer da
corrida, com a companhia de amigos.
E foi assim esse meu treino
no final de semana, em um percurso “pauleira” das subidas puxadas da estrada do
Porto das Dunas, com vento contra dificultando e um visual de tirar o fôlego. O
percurso pelo asfalto é um dos meus preferidos, mas dessa vez fui apresentada
pelo meu ultra amigo Djacir a uma duna de inclinação tão forte que foi preciso
equilíbrio para ficar parada em cima dela enquanto retomava o fôlego. Aos pés
da duna, o rio Pacoti e ao longe, os prédios de Fortaleza.
Sem fôlego pelo esforço e sem fôlego pelo visual da natureza.
Sem fôlego pelo esforço e sem fôlego pelo visual da natureza.