Foto: Dudu (Limiar) |
domingo, 22 de dezembro de 2013
quinta-feira, 5 de dezembro de 2013
Ser Corredor de Rua em Fortaleza
Ser corredor de rua em
Fortaleza talvez não seja muito diferente de ser corredor de rua em qualquer
grande cidade do Brasil.
É verdade que em Fortaleza
não temos espaços tão bons para os treinos como parques e ciclovias que existem
em Brasília, Rio de Janeiro ou São Paulo.
Mas temos algumas ciclovias
e as ruas. Muitas ruas. Afinal, corredor é para correr nas ruas.
Ser corredor de rua em
Fortaleza é saber conviver com o calor durante TODO o ano. É ter por
acompanhante de treino sempre um sol para cada um, mesmo quando se corre "de ruma".
Esse sol constante tem o
lado bom, pois como costumeiramente só chove no máximo uns 10 dias durante o ano, nós temos os outros 355 dias para
correr sequinhos. Isso para os que não gostam de correr na chuva, claro. Uma bênção para,
como diz uma amiga, os que são feitos de açúcar (como eu!).
Ser corredor de rua em
Fortaleza é ter várias provas durante o ano. Mas provas curtas, de 5 e 10 km.
Uma única meia maratona e agora, felizmente, provas mais longas organizadas
pelos próprios corredores, como o Desafio das Pontes, com seus 25 km.
Isso também tem seu lado bom
porque nos “obriga” a viajar em busca de corridas mais longas, o que só reforça a fama de sermos cidadãos do mundo
e de que em todo lugar do planeta com certeza existe um cearense. E nas corridas nesse mundão
afora, somos muitos!!!!
Ser corredor de rua em
Fortaleza é literalmente derreter durante o treino. É ter que torcer a camiseta
depois de correr num dia quente (quase todos) para não chegar em casa pingando
tanto e molhando tudo por onde passar.
É fazer uma prova em outra
cidade, com temperatura média de 24ºC, e ficar admirado de ter tanta gente
precisando ser socorrida pelas ambulâncias por ter passado mal com o calor,
enquanto nós, os cearenses, estamos
achando o clima “quase” frio.
Ser corredor de rua em
Fortaleza é poder incluir na planilha treinos em areia, e, o que é melhor, areia da praia, com
o mar como visual.
É usar gel nos treinos
longos mas também não dispensar uma rapadura e, no final, refrescar-se com uma
água de coco e comer tapioca para repor as energias.
Ser corredor de rua em
Fortaleza é ouvir um “ó o mêi” dos ciclistas quando o treino é feito nas
ciclovias e um “oi” de um ou outro corredor, onde quer que você esteja treinando na
cidade.
Afinal, Fortaleza é grande,
mas é um ovo e em Fortaleza a gente não corre, “faz carreira”.
E, como diria Euclides da Cunha " o (corredor) nordestino é, antes de tudo, um forte".
E, como diria Euclides da Cunha " o (corredor) nordestino é, antes de tudo, um forte".
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