Wine Run, 21 km pelo Vale do
Rio São Francisco, por dentro de fazendas, no calor do semi árido nordestino,
entre parreiras.
Um lugar totalmente
desconhecido por mim, com hospedagem no estado de Pernambuco, na cidade de
Petrolina, a poucos metros da Bahia, com a cidade de Juazeiro e, entre as duas
o “Velho Chico” esparramado. Correr no semi árido nordestino e conhecer muitas
coisas novas. Perfeito para encerrar o ano.
Com todos esses chamativos,
logo encontrei companhia. Não para a prova, mas para o passeio e assim seguimos
eu, Wilkie e meus pais para Petrolina.
Em Petrolina, nos hospedamos
no hotel oficial da prova, o Quality Inn, que fica na orla da cidade, com uma
vista linda para o rio e para sua vizinha de frente, Juazeiro.
Primeiro teve a entrega dos
kits, depois se seguiu a explicação técnica da prova, palestras sobre vinhos e sucos de uva e um
jantar de massas.
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Entrega do kit |
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Lindo pôr do sol no rio São Francisco |
No dia seguinte o café da
manhã foi servido mais cedo para os corredores e os ônibus da prova já nos
esperavam para os cerca de 50km que nos separavam da Fazenda Fortaleza, em Casa
Nova-BA, onde seria a largada.
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Movimentação dos corredores pegando os ônibus de manhã |
Além dos 21 km solo, os
corredores teriam também a opção de fazer o percurso em revezamento de duplas
ou trios, o que foi uma grande “sacada” dos organizadores, pois dos cerca de
800 corredores ao total, mais de 2/3 participaram do revezamento.
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Fazenda Fortaleza |
A largada, marcada para
7:15, às margens do lago de Sobradinho, atrasou e só saiu 7:50.
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Às margens do Sobradinho, aguardando a largada |
Para felicidade geral da
nação, o sol e o calor, grande medo de todos os corredores, foram amenizados
durante a corrida com muitas nuvens e um vento constante, que ora atrapalhava, lutando
contra nós, ora aliviava o mormaço, com uma brisa fria.
Largada dada, começou uma
das provas mais diferentes da minha vida.
Somente uns 6 km de asfalto,
o restante todo em terra batida, coberta de cascalhos, o que nos obrigava a ser
cuidadosos.
No começo, as plantações
eram de mangueiras, baixinhas, carregadas de mangas roxas. Depois entramos nas
de uvas. Roxas e verdes. Outras vezes corríamos no meio da secura, com a vegetação
esturricada pelo sol.
De espectadores, somente um ou outro trabalhador ou
morador das fazendas, curioso com aquele bando de malucos correndo por ali. Um cenário totalmente diferente das minhas corridas
usuais.
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Nossa torcida |
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Pela caatinga |
Água, sempre gelada, não
faltou. Três pontos onde o pessoal do revezamento trocava de atleta. Um zig zag
pelas fazendas, passando no km 15 pela chegada, onde os familiares estavam
torcendo, para finalmente fazermos o retorno e pararmos na Fazenda Ouro Verde,
sede da Miolo.
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Mais uma! |
Na arena de chegada, um
almoço com macarrão e bolo de macaxeira nos aguardava, assim como espumante à
vontade para quem tinha comprado a taça da prova e música para animar a galera,
que estava mesmo muito animada .
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Fazenda Ouro Verde |
A medalha da prova é linda e
extremamente original, feita com a cortiça das rolhas do vinho.
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Eu, Giomar (3o. lugar da prova e hexacampeão do Circuito Caixa no Brasil), Flávio e Ednaldo |
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Com meus pais e Wilkie. Só alegria! |
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Conhecendo a lojinha da Miolo |
Sem dúvida foi uma corrida original e excelente.
Esperamos a premiação e
seguimos para conhecer o Sobradinho, um dos maiores lagos artificiais do mundo,
cantado por Sá e Guarabyra. Mundão de água!
Nosso passeio continuou
com o almoço no “Bodódromo”, um interessantíssimo espaço gastronômico em Petrolina onde se
come bode (óbvio!) e carneiro (o melhor carneiro que comi na vida), além dos
outros pratos típicos da região. Comemos no restaurante "Bode Assado do Ângelo". Imperdível.
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Kafta de bode, carneiro assado e cozido, feijão verde, quejo coalho. macaxeira, pirão e cuscuz. Verdadeiro manjar. |
Dia seguinte, antes de
voltarmos, ainda tivemos tempo de ir rapidamente conhecer Juazeiro, passear
pela orla de Petrolina, visitar sua bonita catedral e terminar o passeio com
mais um almoço delicioso e inesquecível de surubim, peixe da região, no
restaurante “Maria do Peixe”, na orla. Mais uma delícia.
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Ponto de aluguel de bike em frente à catedral de Petrolina |
Passeio e prova inesquecíveis!
Valeu DEMAIS, Wine Run!!!!!
Fotos para lembrar:
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Do lado de cá, Petrolina, do lado de lá, Juazeiro. No meio, o "Chico" |
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Esperando a largada |
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Posto de Água |
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Comemoração dos campeões |
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Os verdadeiros campeões. Com tornozelo torcido e tudo. |
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Animação na chegada |
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Brinde com Ednaldo |
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Amizade feita na "Meia do Glaciar", na Patagônia. |
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Restaurante "Bode Assado do Ângelo", no Bodódromo. Imperdível! |
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As carrancas |
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Petrolina, vista de Juazeiro |
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O São Francisco, do lado bahiano |
6 comentários:
Maravilha Lia!
Viagem perfeita!
Companhias excelentes!
Parabéns!
Mami
Grande Lia, parabéns.
Fiquei com água na boca por tudo: seus comentários, fotos, postagens, etc. Se Deus quiser e estiver na minha folga, farei de tudo para participar dessa corrida. Essa sim, tem tudo que gosto, é a minha cara.
Parabéns Lia Campos relato impecável !
Ednaldo
Ano que vem eu vou com vcs!!!! Que local maravilhoso!!!!
Wilson
Como diriam tanto um pernambucano como um baiano: arretado!
Wilkie
Esta corrida eu gostaria de ter participado.
Ricardo
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