A Ponte Presidente
Costa e Silva, mais conhecida como Ponte Rio- Niterói, foi construída em 1974,
chegando a ser a 2a. maior ponte do mundo e até hoje é a maior da América do Sul, com exatos 13,29 km de
extensão (8,83km sobre a água).
Une, por sobre a Baía
de Guanabara, Niterói ao Rio de Janeiro e o visual de quem nela transita é
muito bonito, mas só pode ser apreciado de dentro do carro,uma vez que a ponte
é proibida para pedestre.
Proibida, menos uma
vez no ano: no dia da Corrida da Ponte, que oficialmente tem 21,4km, mas que no
meu gps e no de amigos, no dia 19 de maio, deu 21,600km.
Essa prova já
fez parte do calendário nacional nos
anos 80, sendo supensa no início da década de 90 quando em 2011 tiveram a
brilhante ideia de ressuscitá-la.
Desde sua 1ª.
reedição que sonho em participar mas tanto em 2011 como em 2012 não foi
possível.
Na 3ª. edição
finalmente eu estava lá.
Para começar, os
números da corrida impressionam. Somente de pessoal para trabalhar no dia do
evento, entre organização, staffs, pessoal de trânsito, pessoal das barcas,
médicos, etc, são 2 mil pessoas!
E, com tanta gente
envolvida, o resultado foi um show de organização.
Já na entrega do kit,
na Praça XV, centro do Rio de Janeiro, a organização estava impecável. Sem filas
e com as pessoas dando todas as explicações detalhadas para os corredores.
Lucílio, o ìndio, eu e Lorena - uma pangaré no meio de feras |
Logo que chegamos,
recebemos um termo de compromisso onde colocamos o tempo previsto para
conclusão da prova. Com esse tempo estimado
a organização dava uma pulseira colorida de acordo com essa previsão,
pois a largada seria em ondas.
Entrega kits |
Outra diferença é que
teríamos que usar 2 números: um na frente da camisa e outro atrás. Isso para
facilitar a identificação do corredor para atendimento médico, pelo helicóptero
e para o “corte”.
Sim, a prova, que
exige no ato de inscrição comprovação de 2 meias maratonas feitas nos últimos
dois anos com o tempo máximo de 2:45h ou
duas maratonas com o tempo máximo de 5:30h tem o tempo limite de conclusão de 2:45h
e o atleta que não estiver dentro desse tempo é recolhido pelo ônibus que vai
no final.
Percurso do dia seguinte |
Tudo muito explicado,
um kit com uma camisa, boné, garrafinha e o ticket da barca para fazer a
travessia no dia seguinte.
Para quem fosse sair
do Rio e tivesse feito a opção de pegar a barca, elas estavam disponíveis em 4
horários: 5:30, 6, 6:30 e 6:45h.
Camiseta pronta com a bandeirinha de Fortaleza |
Cheguei no terminal
das barcas com amigos cedo para pegar a das 6h e a “muvuca” de corredores já
era grande.
Entrando na barca |
Na animação de sempre
fizemos a travessia com o sol nascendo e a beleza do visual já começou naquele
momento, com as águas calmas da Baía da Guanabara e o Pão de Açúcar ao fundo.
Curtindo o visual da barca. Pão de Açúcar amanhecendo |
Ao longe, a ponte que teríamos que vencer |
Em Niterói já tinha
boa parte dos 8 mil corredores inscritos na prova.
Concentração em Niterói |
Teatro Popular Oscar Niemeyer |
A organização
continuou, com staffs sempre disponíveis e orientando a todos. Até os banheiros
femininos e masculinos eram separados um dos outros e sem filas!
Do lado oposto, o Rio... |
A prova teve 5
largadas.
Às 7:10 teve a
largada da elite feminina. Às 7:30 a largada da elite masculina e os atletas
que estavam com a pulseira branca e que faziam parte da 1ª. onda. A partir daí,
a cada 1 minuto largava uma onda, de acordo com a cor da pulseira e do tempo
estimado de conclusão.
Pensei que isso seria
“furado”, pois nas provas das quais participei aqui no Brasil com largada
por “pace” , não vi funcionar, devido o
desrespeito das pessoas. Mas na Corrida da Ponte havia uma espécie de funil com
um portão fechado e staffs controlando. O locutor então chamava cada onda pela
cor e na hora da largada abriam os portões e os staffs ficavam observando e
controlando as cores das pulseiras dos corredores. Perfeito.
Ainda andamos alguns
metros para passar pela largada e começamos a correr ainda pelas ruas de
Niterói, com muitas pessoas da cidade na rua assistindo e torcendo. Logo, logo
entramos na ponte, com uma faixa bem separada para nós e as outras faixas com
os carros, com os ocupantes torcendo também.
O visual é lindo.
Claro que seria mais bonito ainda se ficássemos do lado da pista com vista
direta para o Pão de Açúcar, mas ficamos na pista contrária. Tudo bem. Era
lindo também.
Visual da prova |
O lado oposto |
Trânsito hiper
organizado, água gelada e abundante a cada 3km (por vezes até menos que isso),
2 postos de isotônico e chuveiros no km 15 para refrescar os mais calorentos.
Nos anos anteriores
houve muitas reclamações devido ao calor, mas este ano largamos com 20ºC e ao
longo da prova o tempo pouco mudou.
Ou seja, foi tudo
perfeito.
Para coroar, ao final
dos 21.650km, uma medalha lindona.
Com Cátia. Amizade feita na São Silvestre 2008 |
Excelente prova!
Aprovadíssima e recomendada.
3 comentários:
Oi, Lia! Pena que dessa vez não fui! Saudade de vc e da Cátia tb! Fiquei com medo dessa Meia da Ponte! Acho que pelo nível do meu treino ainda não tô pronta. Mas farei a Meia da Caixa e a Meia Internacional em Agosto e Setembro. E vc? Bjos!!!
Oi Leidiana!
Pôxa,teria sido mt bom encontrar vc por lá. Tentei ver Marcelo e Alécia, mas nos desencontramos.
Infelizmente acho que não irei mais ao Rio esse ano.
Quem sabe no próximo, pra correr a Meia da Asics...
Boa sorte nas próximas provas.
bj
Lia
Texto maravilhoso minha amiga Lia! Gostoso de ler e com muitas informações. Você é show:como corredora e como relatora. Parabéns!
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