E o dia de hoje, 8 de
março, é dedicado a nós, mulheres.
Por outras
razões, bem diversas do esporte, mas foi na área esportiva, especificamente na
corrida de rua, que fui em busca de histórias femininas.
Uma das mais
lembradas e, do meu ponto de vista, uma das mais interessantes, é a da americana Kathrine Switzer, conhecida
como a mulher que mudou a história quando entrou “escondida” na Maratona de
Boston em 1967, época em que as mulheres
nem sonhavam em participar da
competição.
Quando tinha 12
anos, Kathrine resolveu ser líder de torcida mas não teve a aprovação de seu
pai, que achava que a filha deveria fazer algo mais "nobre" e a incentivou a praticar esporte.
Entrou então para o
time de hóquei no colégio e como corria diariamente, foi convidada a integrar
uma prova masculina de cross country que precisava de mais um integrante.
Na universidade,
como não havia time feminino, treinou no time masculino de cross e foi lá que conheceu Arnie Briggs, um
maratonista que já havia participado de 15 edições da Maratona de Boston e a
incentivou a participar da prova.
Foi então que, aos 20 anos, Kathrine inscreveu-se na maratona com o nome de K.V. Switzer.
No dia da
corrida, os outros corredores, apesar de surpresos a apoiaram e os fotógrafos, quando a viram correndo,
gritavam espantados “tem uma garota na corrida!”.
Mas o diretor da
prova não gostou nada de vê-la correndo entre os homens e foi gritando em sua direção para
que ela parasse e tirasse seu número de peito.
O momento em que o diretor da maratona tentou retirar Kathrine da prova |