Começo de
ano parado de prova de corrida de rua por Fortaleza...
Tivemos a
Caprius Cross e o II Desafio das Pontes até agora e só.
Veio
carnaval, passou carnaval, passará março com a novata corrida da Adidas e finalmente chegará abril com a
nossa única Meia Maratona.
Enquanto
as provas não surgem na nossa cidade, principalmente as de distâncias maiores,
muitos corredores já têm agendadas corridas fora, seja em outros estados ou em
outros países.
Eu estou
esperando ansiosa pela Mini Maratona de Paraty-RJ, no final de março e depois,
em abril, a Meia del Glaciar, essa sim, bastante longe: Patagônia. Ansiosa
pelas provas e pela viagem.
Até lá,
vou ficando por aqui mesmo e me contentando com treinos, muitos treinos pelas
ruas. A grande maioria sozinha. Outras vezes, tenho o prazer de correr com alguém ou mesmo
encontrar alguns amigos durante o percurso, o que é motivo de alegria.
E nesse
carnaval, como fiquei em Fortaleza, longe de qualquer folia, saí três vezes para
treinar .
Uma dessas
vezes, corri por menos de 1 hora pela areia da praia.
Nas
outras duas, saí de casa em direção à praia. Aproximadamente 10km.
Em todos
os treinos, o mesmo cuidado antes de sair à rua: sem relógio, sem mp3, sem
garmin, sem colar ou anéis.
Infelizmente
tem que ser assim. Claro que o perigo da violência não desaparece com esses cuidados,
mas pelo menos diminui e não me sinto “visada”.
Se vierem me assaltar, só mesmo
se for pra levar os tênis (que já estão tão usados, coitados...).
Sempre
nos meus treinos de sábado costumo sair de casa depois de 6 horas da manhã. Prefiro
enfrentar o sol a correr o risco de acidentes com motoristas embriagados que a
essa hora voltam pra casa.
E como
a gente que corre pelas ruas de Fortaleza no sábado e no domingo pela
manhã está acostumado a ver acidentes!
Nesse
carnaval, por causa da Lei Seca, os acidentes diminuíram, mas em
compensação, a violência aumentou.
E é uma
pena não poder correr pelas ruas de Fortaleza sem preocupação.
Na Praia
do Futuro então!
Ano
passado, em um treino na areia por lá, com um relógio QUEBRADO, escondido na
mão fechada, que me servia somente para marcar por quanto tempo eu estava
correndo, fui abordada por um ladrão que, de uma distância de uns 30 metros
conseguiu enxergar o relógio e mandou que eu o soltasse.
Avaliei o
sujeito, vi que ele não estava armado e, como a barraca que frequento estava
próxima, fiz o que eu já tinha parado de fazer naquele momento: meti o pé na
carreira.
Nessa
hora, o assaltante, que estava acompanhado de um menor de no máximo 9 anos,
falou pro pivete: corre atrás dela!
Não sou
boa pra distâncias curtas não, mas nesse dia com certeza bati meu recorde.
Saí
correndo em direção à barraca com o menino na minha cola, mas essa briga eu
ganhei e ele logo desistiu.
Depois é
engraçado, mas na hora dá raiva, medo.
Desde
então eu estava evitando correr pela Praia do Futuro.
Até esse
carnaval.
E foi
muito gostoso voltar a correr por lá, na areia, tomando sol.
Também
foi muito bom enfrentar as ladeiras da Santos Dumont (mesmo sem meu mp3 pra me
ajudar a subi-las).
E em um desses
dias encontrei algumas pessoas correndo pela WS.
Entre elas, meu
"ultra" amigo Djacir, que, como sempre, registrou o momento.
E vamos
pra frente, treinando sempre e aguardando as provas e viagens já programadas.
"E no entanto é preciso correr
Mais que nunca é preciso correr
É preciso correr e alegrar a cidade.."
Mais que nunca é preciso correr
É preciso correr e alegrar a cidade.."