Esta foto estava guardada
desde maio deste ano, esperando por um post.
Chegou a hora.
Depois de participar da Meia
Maratona de Lima, em maio, estava eu em um trem, rumo a Machu Picchu,
apreciando pela janela a linda paisagem, quando, de repente, me chama atenção
pelas trilhas incas da montanha, uma mulher correndo.
Não era “só” correndo. Mais do que isso, ela
estava treinando. Treinando sim. Shorts de corrida, tênis, top e boné. A foto
não está tão boa, mas lá da minha janela do trem deu para perceber claramente.
Claro que os demais
passageiros do meu vagão nem se deram conta da corredora solitária.
Quer dizer, alguns deram sim. Havia um grupo de brasileiros bem animados que logo no início da viagem identifiquei como corredores. Como? Simples. Corredor sempre tem um relógio próprio, quase sempre (principalmente os que acabaram de participar de uma prova e esses muito provavelmente tinham corrido em Lima) vestem camisetas de corridas e, aqui acolá, falam de um treino, uma prova, etc.
Quer dizer, alguns deram sim. Havia um grupo de brasileiros bem animados que logo no início da viagem identifiquei como corredores. Como? Simples. Corredor sempre tem um relógio próprio, quase sempre (principalmente os que acabaram de participar de uma prova e esses muito provavelmente tinham corrido em Lima) vestem camisetas de corridas e, aqui acolá, falam de um treino, uma prova, etc.
Pois bem, os outros
corredores, assim como eu, perceberam a mulher na montanha. Assim como eu, foram todos para o lado da janela que proporcionava aquela visão. Assim como
eu, ficaram eufóricos com ela, comentando entre si e, assim como eu,
sacaram de suas câmeras fotográficas para imortalizar o momento, que, com
certeza, ficaria na memória deles como mais uma das maravilhas do mundo, além
da que estávamos a caminho de ver.
Eu notei todo aquele movimento
e voltei-me rápido para ver a corredora desaparecer do meu campo de visão,
imaginando o quão espetacular deveria estar sendo aquele treino solitário, no meio
do vale sagrado, percorrendo a famosa trilha inca. Somente ela. Ela, as
montanhas, o rio Urubamba e o silêncio.
Poderia haver um treino mais
espetacular?
2 comentários:
Legal demais Lia !
Lúcia
Que legal, Lia! Desejei ser corredor...
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