A maioria dos corredores já
caiu um dia no meio de um treino. Ou não?
Eu, pelo menos, já.
E hoje, se minhas contas
estão certas, foi a terceira queda nessa minha carreira (de corredora).
Lembro de uma, na Corrida do
Iguatemi, pelas trilhas do Parque do Cocó, que acabei tendo que receber
atendimento dos paramédicos da prova que limparam meus arranhões nas mãos e
joelhos. Lembro de uma vez, treinando em plena ciclovia da Washington Soares,
horário de pico, engarrafamento e eu simplesmente tropecei no chão, me ralando
toda, mais uma vez. Eita vergonha!
Desde então, sempre procuro
prestar atenção por onde piso e levantar bem o pé do chão ao dar as passadas.
Claro que topei outras
vezes. Muitas. Mas sempre consigo sair patinando pra escapar da queda.
Hoje não deu pra patinar.
Sempre corro entrando muito com o
calcanhar, o que já me trouxe pelo menos 3 lesões nessa região. Desde a última,
cismei que tenho que corrigir essa pisada. Mas é muito difícil! Tentei correr descalça, tentei educativos, tênis
mínimos, mas continuo com o calcanhar batendo forte no chão.
Outro dia, no Cocó,
conversando sobre isso com um dos meus amigos quenianos que costuma treinar
por lá, ouvi a dica: “Lia, seu problema é que você corre com os passinhos muito
pequenos. Tenta dar passos mais largos que naturalmente você muda sua pisada”.
Ah, é? Então tá.
Hoje, treinando de novo na
WS, observei que lá estavam meus calcanhares recebendo todo o impacto na
aterrissagem. Foi quando me lembrei do conselho do meu amigo e decidi tentar
correr, se não igual, pelo menos
parecido com ele: passos largos,
elegância.
Já no segundo passo, tropecei no vento e saí patinando, tentando
evitar o pior. Não teve jeito. Dessa vez me esborrachei legal, em plena hora do
rush matinal da WS. Me levantei e vi que não tinha quebrado nada (nem o
relógio, como da última vez) e, sentindo a perna e as mãos ardendo dos
arranhões, mantive a pose e continuei correndo como se nada tivesse acontecido.
Logo as mãos pararam de arder, mas o joelho continuou doendo e, como eu ainda
tinha meia hora de treino e não queria parar, achei melhor nem olhar pra ele.
No final do treino fui ver o
estrago: mãos levemente arranhadas. Perna um pouco pior.
Resultado do estrago |