Depois de passada a Meia
Maratona de Fortaleza, um amigo que fez sua estréia em corridas de rua naquela
prova (aliás, fez praticamente sua estréia em corridas, uma vez que só treinava
em esteiras e o máximo que tinha feito foram 10km. Louco!), veio me falar o
seguinte:
- Lia, eu ia correr só os
10. Aí, na volta dos 10, achei que dava pra fazer mais um pouquinho. Qualquer
coisa eu voltaria quando cansasse. Ai, fui indo, fui indo, e quando vi, já
estava na volta dos 21. E não é que eu senti “aquela” sensação que os
corredores falam?! Senti uma coisa muito boa. Tão boa que fiquei cantando
sozinho, na maior animação!
Achei engraçado isso. E
lembrei quando, há muito tempo, quando eu ainda tinha uma verdadeira aversão a
correr, uma amiga, corredora apaixonada, com os olhos brilhando me falou desse
“tal” sentimento. Falou-me de adrenalina, endorfina, serotonina. E, naquela ocasião, fiquei olhando, ouvindo-a
falar e pensando cá comigo “mas que besteirada! Tá viajando...”.
Pois é..... O mundo dá mesmo
muitas voltas.
Dessa vez, eu fiquei olhando
pro meu amigo e pensando “Ôxe! Só sentiu isso agora? Como é que pode? Eu sinto
essa euforia praticamente todos os dias que treino!”
Pra quem não conhece, é o
chamado “barato do corredor”. Em inglês, “runner’s righ”.