Em 2005 fiz uma passagem rápida por Aracaju. Andei pelo calçadão da praia de Atalaia e visitei o oceanário. Nessa época já achei a cidade agradável.
A Corrida Cidade de Aracaju já estava na minha “lista de consumo” desde 2010. Meu objetivo era correr, rever a cidade e conhecer o Cânion do Xingó. Coincidentemente, apareceu uma promoção de passagens aéreas e não resisti em levar meus três filhos. Perfeito. Fomos eu, Wilkie e meu trio.
Escolhi um hotel simples, mas muito bem localizado de frente pra praia de Atalaia.
Chegamos na 5ª. feira de madrugada e passamos o dia seguinte conhecendo a cidade, começando pelo centro, no mercado central, que é bastante grande e colorido, com produtos de toda qualidade. Os meninos não gostarem muito dessa parte, mas eu até achei interessante, pois me lembrou os mercados da Bolívia, com seu colorido e movimento.
Mercadão |
Conhecendo uma jaca |
De lá demos uma ligeira passada na Ponte do Imperador, em frente ao rio Sergipe, construída em 1860, quando D. Pedro II visitou a cidade. É simples, mas, pelo valor histórico, deveria estar melhor conservada.
Ponte sobre o rio Sergipe |
Ponte do Imperador |
Seguimos então para conhecer a praia mais afastada, Aruana, onde tinha lido sobre uma barraca de praia (Parati). Mas, pra quem tem a infra-estrutura de praia que temos em Fortaleza, sinceramente, não vale a pena.
Já a orla de Atalaia, a beira mar de Aracaju, é muito agradável. São 4km de calçadão com várias quadras para esporte, pista de skate, brinquedos para crianças, um pequeno kartódromo e um oceanário que, apesar de pequeno, é bem bonito e bem cuidado.
Oceanário |
Uma tartaruguinha do Projeto Tamar |
Aracaju, com seus 600 mil habitantes, detém o título de capital nordestina com melhor índice de qualidade de vida. E o título é justo. A cidade é muito limpa. Não se vê lixo nas ruas. A orla de Atalaia é excelente e, maravilha das maravilhas, “ainda” existe uma certa segurança por lá. Caminhamos por todos os lugares sem nenhum receio e as próprias pessoas locais nos disseram que a cidade era tranqüila.
Os aracajuenses são simpáticos, prestativos e nota-se que têm orgulho da cidade.
Em Atalaia não existem prédios. Somente hotéis pequenos e restaurantes, inclusive a comentada “passarela do caranguejo”, pequeno trecho com vários restaurantes, onde se come as comidas locais: peixe, camarão, tapioca e, claro, caranguejo. Não comemos por lá. Preferimos experimentar o restaurante “República dos Camarões” que, apesar de ter pratos gostosos, deixa muito a desejar em relação ao atendimento.
Praia de Atalaia |
Atalaia |
No domingo, depois da corrida, contratamos a excursão pela Nozes Tour para irmos ao Cânion do Xingó (R$ 110,00 p/pessoa).
O Cânion do Xingó fica a 213 km de Aracaju, entrando pro sertão, na cidade de Canindé de São Francisco, divisa de Sergipe, Bahia e Alagoas.
Antes da construção da Hidrelétrica do Xingó, o que existia era uma região banhada por um pequeno rio. O rio Canindé. Em 1994 represaram o rio para a construção da usina e um lago com profundidade que alcança 170 metros, com 65km de extensão e largura variável de 50 a 300 metros foi formado onde antes só existia a caatinga.
Saímos no ônibus da excursão às 7 horas da manhã e somente às 11:30h chegamos ao local de onde partem os catamarãs, o restaurante Carrancas.
O Rio São Francisco e nosso catamarã |
Pegamos nosso catamarã e iniciamos o passeio. A estrutura é bem feita e tudo é muito organizado. No barco, um guia vai explicando a história do São Francisco, da hidrelétrica e da região. A trilha sonora inicial é somente com músicas do “Velho Chico” (o rio) e depois, passamos a ouvir somente cantores nordestinos como Fagner, Gonzagão, Elba, Dominguinhos, etc. Tudo regional (que bom!).
O catamarã é grande e eles vendem bebidas e churrasquinhos.
Com quase uma hora de passeio, a margem de vegetação verde se transforma e os paredões rochosos de 60 milhões de anos surgem a nossa volta.
Os paredões do cânion |
O catamarã então faz uma parada em um pequeno píer, com um local pra banho delimitado por cordas e com uma rede de proteção no fundo. Nesse píer também temos a opção de pegar pequenas canoas com rapazes que nos levam para mais perto das rochas. É um passeio rápido, por R$ 5,00 por pessoa, mas o bom mesmo é sem dúvida o banho no rio e ficar apreciando o visual das águas verdes e aqueles paredões.
No rápido passeio de canoa |
A área do banho |
Meus 3 peixinhos |
A permanência do catamarã nesse ponto só é permitida por 1 hora e depois disso, fazemos o percurso de volta.
O Cânion do Xingó |
O passeio ao Cânion do Xingó é cansativo, mas vale a pena. Os meninos adoraram, principalmente a hora do banho no rio.
Na volta pra Aracaju o ônibus faz uma breve parada numa casinha no meio da estrada, famosa pela sua ambrosia e cocadas. É o doce da D. Nena. Mesmo cansada resolvi descer pra conferir e não me arrependi. Uma delícia!
Delícia Aracaju, delícia o Cânion do Xingó.
4 comentários:
Ei Lia , quanta emoção! E pra que esta rede de proteção no fundo do rio?
Valeu Lia, interessante. É o dia todo de passeio né? O cânon parece ser bem bonito.
E a Aninha, é presença certa em quase todas as fotos, rsrsrs.
Marcelo,
o cânion é bem interessante mesmo. Com certeza não tão bonito qto o dos EUA, que vc conhece e que já falou que é uma das maravilhas do mundo, mas vale a visita, sim.
A viagem de Aracaju é demorada pq o ônibus de turismo é lento e faz paradas, pra pegar/deixar turistas.
Qto à rede de proteção, eu não perguntei.... Imagino que seja pra proteger os banhistas de peixes ou pra, no caso de afogamento, ser mais fácil um resgate...
LIa
Qto à rede de proteção (eu perguntei), não é pra proteger os banhistas de peixes (só se fosse de tubarões!)é só pra segurança mesmo, até pra quem não sabe nadar, pois ela limita a profundidade da água a apenas um metro.
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