segunda-feira, 26 de março de 2012

Aracaju e Cânion do Xingó (Sergipe - março 2012)

Em 2005 fiz uma passagem rápida por Aracaju. Andei pelo calçadão da praia de Atalaia e visitei o oceanário. Nessa época já achei a cidade agradável.
A Corrida Cidade de Aracaju já estava na minha “lista de consumo” desde 2010. Meu objetivo era correr, rever a cidade e conhecer o Cânion do Xingó. Coincidentemente, apareceu uma promoção de passagens aéreas e não resisti em levar meus três filhos. Perfeito. Fomos eu, Wilkie e meu trio.
Escolhi um hotel simples, mas muito bem localizado de frente pra praia de Atalaia.
Chegamos na 5ª. feira de madrugada e passamos o dia seguinte conhecendo a cidade, começando pelo centro, no mercado central, que é bastante grande e colorido, com produtos de toda qualidade. Os meninos não gostarem muito dessa parte, mas eu até achei interessante, pois me lembrou os mercados da Bolívia, com seu colorido e movimento.


Mercadão



Conhecendo uma jaca

De lá demos uma ligeira passada na Ponte do Imperador, em frente ao rio Sergipe, construída em 1860, quando D. Pedro II visitou a cidade. É simples, mas, pelo valor histórico, deveria estar melhor  conservada.


Ponte sobre o rio Sergipe
Ponte do Imperador
Seguimos então para conhecer a praia mais afastada, Aruana, onde tinha lido sobre uma barraca de praia (Parati). Mas, pra quem tem a infra-estrutura de praia que temos em Fortaleza, sinceramente, não vale a pena.
Já a orla de Atalaia, a beira mar de Aracaju, é muito agradável.  São 4km de calçadão com várias quadras para esporte, pista de skate, brinquedos para crianças, um pequeno kartódromo e um oceanário que, apesar de pequeno, é bem bonito e bem cuidado.



Oceanário
Uma tartaruguinha do Projeto Tamar

Aracaju, com seus 600 mil habitantes, detém o título de capital nordestina com melhor índice de qualidade de vida. E o título é justo. A cidade é muito limpa. Não se vê lixo nas ruas. A orla de Atalaia é excelente e, maravilha das maravilhas, “ainda” existe uma certa segurança por lá. Caminhamos por todos os lugares sem nenhum receio e as próprias pessoas locais nos disseram que a cidade era tranqüila.
Os aracajuenses são simpáticos, prestativos e nota-se que têm orgulho da cidade.



Em Atalaia não existem prédios. Somente hotéis pequenos e restaurantes, inclusive a comentada “passarela do caranguejo”, pequeno trecho com vários restaurantes, onde se come as comidas locais: peixe, camarão, tapioca e, claro, caranguejo. Não comemos por lá. Preferimos experimentar o restaurante “República dos Camarões” que, apesar de ter pratos gostosos, deixa muito a desejar em relação ao atendimento.



Praia de Atalaia

Atalaia

No domingo, depois da corrida, contratamos a excursão pela  Nozes Tour para irmos ao Cânion do Xingó (R$ 110,00 p/pessoa).
O Cânion do Xingó fica a 213 km de Aracaju, entrando pro sertão, na cidade de Canindé de São Francisco, divisa de Sergipe, Bahia e Alagoas.



Antes da construção da Hidrelétrica do Xingó, o que existia era uma região banhada por um pequeno rio. O rio Canindé. Em 1994 represaram o rio para a construção da usina e um lago com profundidade que alcança 170 metros, com 65km de extensão e largura variável de 50 a 300 metros foi formado onde antes só existia a caatinga.
Saímos no ônibus da excursão às 7 horas da manhã e somente às 11:30h chegamos  ao local de onde partem os catamarãs, o restaurante Carrancas.


O Rio São Francisco e nosso catamarã
Pegamos nosso catamarã e iniciamos o passeio. A estrutura é bem feita e tudo é muito organizado. No barco, um guia vai explicando a história do São Francisco, da hidrelétrica e da região. A trilha sonora inicial é somente com músicas do “Velho Chico” (o rio) e depois, passamos a ouvir somente cantores nordestinos como Fagner, Gonzagão, Elba, Dominguinhos, etc. Tudo regional (que bom!).
O catamarã é grande e eles vendem bebidas e churrasquinhos.
Com quase uma hora de passeio, a margem de vegetação verde se transforma e os paredões rochosos de 60 milhões de anos surgem a nossa volta.

Os paredões do cânion

O catamarã então faz uma parada em um pequeno píer, com um local pra banho delimitado por cordas e com uma rede de proteção no fundo. Nesse píer também temos a opção de pegar pequenas canoas com rapazes que nos levam para mais perto das rochas. É um passeio rápido, por R$ 5,00 por pessoa, mas o bom mesmo é sem dúvida o banho no rio e ficar apreciando o visual das águas verdes e aqueles paredões.


No rápido passeio de canoa


A área do banho

Meus 3 peixinhos

A permanência do catamarã nesse ponto só é permitida por 1 hora e depois disso, fazemos o percurso de volta.


O Cânion do Xingó
O passeio ao Cânion do Xingó é cansativo, mas vale a pena. Os meninos adoraram, principalmente a hora do banho no rio.
Na volta pra Aracaju o ônibus faz uma breve parada numa casinha no meio da estrada, famosa pela sua ambrosia e cocadas. É o doce da D. Nena. Mesmo cansada resolvi descer pra conferir e não me arrependi. Uma delícia!
Delícia Aracaju, delícia o Cânion do Xingó.


4 comentários:

Anônimo disse...

Ei Lia , quanta emoção! E pra que esta rede de proteção no fundo do rio?

Marcelo Campos disse...

Valeu Lia, interessante. É o dia todo de passeio né? O cânon parece ser bem bonito.

E a Aninha, é presença certa em quase todas as fotos, rsrsrs.

Correndo o Mundo disse...

Marcelo,

o cânion é bem interessante mesmo. Com certeza não tão bonito qto o dos EUA, que vc conhece e que já falou que é uma das maravilhas do mundo, mas vale a visita, sim.
A viagem de Aracaju é demorada pq o ônibus de turismo é lento e faz paradas, pra pegar/deixar turistas.
Qto à rede de proteção, eu não perguntei.... Imagino que seja pra proteger os banhistas de peixes ou pra, no caso de afogamento, ser mais fácil um resgate...
LIa

Wilkie Martins disse...

Qto à rede de proteção (eu perguntei), não é pra proteger os banhistas de peixes (só se fosse de tubarões!)é só pra segurança mesmo, até pra quem não sabe nadar, pois ela limita a profundidade da água a apenas um metro.