segunda-feira, 26 de março de 2012

Aracaju e Cânion do Xingó (Sergipe - março 2012)

Em 2005 fiz uma passagem rápida por Aracaju. Andei pelo calçadão da praia de Atalaia e visitei o oceanário. Nessa época já achei a cidade agradável.
A Corrida Cidade de Aracaju já estava na minha “lista de consumo” desde 2010. Meu objetivo era correr, rever a cidade e conhecer o Cânion do Xingó. Coincidentemente, apareceu uma promoção de passagens aéreas e não resisti em levar meus três filhos. Perfeito. Fomos eu, Wilkie e meu trio.
Escolhi um hotel simples, mas muito bem localizado de frente pra praia de Atalaia.
Chegamos na 5ª. feira de madrugada e passamos o dia seguinte conhecendo a cidade, começando pelo centro, no mercado central, que é bastante grande e colorido, com produtos de toda qualidade. Os meninos não gostarem muito dessa parte, mas eu até achei interessante, pois me lembrou os mercados da Bolívia, com seu colorido e movimento.


Mercadão

terça-feira, 20 de março de 2012

29a. Corrida Cidade de Aracaju - 17/03/2012

A Corrida Cidade de Aracaju acontece anualmente no dia 17 de março, seja um domingo ou uma segunda feira.  É o dia do aniversário de Aracaju. O dia em que, há exatos 157 anos, a capital de Sergipe foi transferida da cidade de São Cristóvão para Aracaju e é em razão dessa mudança que a corrida tem largada na antiga capital e chegada na atual.
Apesar de ter muito corredor de outros estados, a prova, que está na sua 29ª. edição e é organizada pela Prefeitura de Aracaju, é claramente voltada para os sergipanos.
Nada mais justo, uma vez que a festa é deles.  Pra começar, sergipano não paga inscrição. A premiação também valoriza os da terra: prêmio em dinheiro para os 10 primeiros colocados de Sergipe, assim como para os 5 primeiros funcionários públicos de Aracaju e  para o sergipano mais idoso da prova (todos para o masculino e feminino).

No sábado de manhã, eu, meus filhos e Wilkie alugamos um carro e saímos para pegar meu kit em um clube, já perto do centro da cidade. Ao chegarmos ao local, estava acontecendo uma cerimônia com as autoridades de Sergipe, dando início às comemorações do aniversário da cidade. 
No clube, foi fácil pegar meu kit, apesar de ouvir de um corredor baiano que algumas pessoas que fizeram a inscrição pela internet tiveram problemas devido ao fato de seu nome não constar da lista.



sexta-feira, 16 de março de 2012

Europa 2009 V e Final - Berlim e Paris

De Dresden para Berlim, foi mais um trem.
Cheguei  em Berlim numa estação enorme, a maior da Europa!
Com tanto metrô, ônibus e movimento, resolvi não quebrar a cabeça e pegar um táxi pro meu albergue, que era moderno, em um bairro calmo e, luxo dos luxos, um quarto com duas camas de casal só pra mim! Quase não saí do quarto, de tão contente.
Mas Berlim me esperava e eu estava louca pra conhecer a cidade.
E que show de cidade! Tem programa pra todos os gostos. Eu me detive nos passeios que me mostrassem a história da 2a.guerra mundial.
Check Point Charlie, local de passagem entre o lado ocidental e oriental da cidade, o local onde foi o bunker de Hitler, hoje um museu ao ar livre com fotos da época,  locais onde ainda existem pedaços do famoso muro.
Foram dois dias de muuuuita caminhada pela cidade, passando pelo Portão de Brandenburger, conhecendo a catedral,  o Parlamento, a torre de TV da Alexanderplatz, Sony Center, a Prefeitura.  Adorei Berlim. Com certeza é um lugar que pretendo voltar um dia. Quem sabe pra correr sua famosa maratona...


Catedral


segunda-feira, 12 de março de 2012

Pausa para um longão num sábado de março

O que faz uma criatura estar toda pronta pra dormir numa 6a. feira às 8:20 da noite, enquanto tá todo mundo se divertindo, pra acordar no dia seguinte ainda escuro pra sair correndo no meio do mundo, em direção a lugar nenhum? Sei não... Acho que isso né normal não...”
Com esse pensamento, literalmente capotei às 21h da 6ª. feira, acordando na escuridão de 4:30 da manhã no sábado.
Eu não costumo sair pra correr tão cedo, mas esse fim de semana não estava querendo correr sozinha e quando soube que o Duda, com seus atletas da Limiar, iria treinar no Porto das Dunas, logo me escalei. Acordei cedo, preparei tudo e ainda fiquei esperando o sol nascer pra poder sair de casa e ir ao encontro de outros “viciados” como eu. Felizmente não estava chovendo, já que não gosto de sair pra correr na chuva. Mas foi só começarmos a correr que São Pedro abriu as torneiras.
Não gosto de sair pra correr na chuva, mas, estando correndo e começando a chover, é outra história. Quem tá na chuva é pra se molhar e, fora os cuidados que tenho que ter pra não queimar meu mp3 (depois de perder um há 15 dias, agora consegui uma capa impermeável), o clima fica muito bom. Teve uma hora que a chuva foi tão forte, que lembrei da época de criança, quando colocava o biquíni e saía com meu pai e irmãos pro meio da rua, correndo e brincando na chuva, procurando por “bicas”. Boa lembrança!
Nem a chuva que caiu, nem as ladeiras do percurso, nem os tênis encharcados conseguiram atrapalhar o treino. Pelo contrário. O visual do local é estimulante, a chuva deu um “gás” a mais e até as poças d’água (tivemos que atravessar algumas com água pela canela) foram um elemento diferente.



Muita chuva e lama.... e nós

Parabéns a todos da Limiar. Aos professores Duda e Roberta e principalmente a cada uma das pessoas que, abdicando da noite de 6ª. feira (com seus tantos chamamentos tentadores após uma semana de labuta e stress), madrugaram no sábado para encarar seu desafio pessoal, seja a preparação para uma prova longa, seja os primeiros passos no início no mundo das corridas, seja o recomeço sempre tão penoso (parabéns, Márcia. Siga em frente.)


Cansados, sujos e felizes após o treino
  Treino show, companhias maravilhosas, visual incrível, sensação de objetivo realizado. Prazer. Essa é a resposta pra minha pergunta. 
PS: fotos do Duda (educador físico, corredor e fotógrafo).

sexta-feira, 9 de março de 2012

Europa 2009 IV - Praga e Dresden



Peguei meu trem em Regensburg e segui para Praga. Quando o trem entra na República Tcheca, é interessante notar a diferença na paisagem. As cidades começam a ficar mais pobres, as casinhas pequenas e modestas. Em um determinado momento paramos e trocamos de trem. Grande diferença também entre os trens. Entramos em um que mais parecia uma Maria Fumaça. Pequenininho e com bancos de madeira. A maquinista era uma mulher toda uniformizada, de quepe que lembrava aqueles soldados comunistas. Os passageiros pareciam pessoas locais que estavam em trânsito. Sentei no meu canto e fiquei observando a paisagem e um homem com a família, levando bronca da mulher por estar alcoolizado e todo o tempo bebendo algo que deveria ser vodka.
De repente o trem para numa estação deserta, parecida com aquelas estações de filme de faroeste. A maquinista aparece no nosso vagão, fala um bocado de coisa e todos começam a descer do trem. Ah meu Deus! Parece que minha odisséia que tinha começado nesse dia, com a corrida,  iria continuar...
Fazer o quê?! Mais uma vez sem entender uma única palavra (agora em theco!), acompanhei todos e também desci do trem, deixando minha bagagem. Como todos, sentei pelos bancos da estação e fiquei atenta ao que estava acontecendo.
De vez em quando saía um homem de dentro da estação, gritava pra maquinista um bocado de coisa, como que brigando, ela gritava de volta mais alto ainda e voltava pro trem. ?????
Continuei na minha até que, depois de uma meia hora a mulher começou a falar pros passageiros e todos começaram a voltar pro trem. Fui atrás.
A viagem recomeçou e paramos em outra estação, de novo no meio do nada pra trocarmos de trem. Fim do dia, escurecendo e, surpresa: com a parada e o atraso, meu trem pra Praga já tinha partido! Esperei o próximo e acabei por chegar em Praga tarde da noite, estação sombria, com mendigos e bêbados. Fui procurar comprar meu bilhete de metrô, mas a bilheteria já estava fechada e nos caixas automáticos a explicação era em tcheco! Fiquei parada em frente ao caixa, olhando, tentando entender algo, quando um homem se aproximou de mim. Não falava inglês, mas conseguiu entender pra onde eu ia e me explicou qual metrô tomar. A bandida da máquina engoliu minha única moeda. O homem, meu anjo, então pagou minha passagem e pude pegar o metrô pra ir pro albergue.
Mas esse dia não tinha acabado.... Saí da estação e simplesmente não consegui localizar o tal do albergue. Fiquei rodando com minha mala pelas ruas desertas. De vez em quando passava alguém bêbado por mim (lugar pra ter bêbado!). Felizmente eu não estava no Brasil. Uma americana perdida se aproximou de mim, procurando pelo hotel dela. Ficamos as duas dando voltas, até que nos separamos e, já depois de meia noite, encontrei a “praga” do albergue numa ruela escondida.
No quarto, Lena e Del estavam dormindo e me disseram pra eu ligar pra minha mãe, que àquela altura já sabia que eu não tinha chegado e estava preocupada. Depois de tranqüilizá-la, pude finalmente dormir. Que dia!

Dia seguinte, Del e Lena partiram cedo pra Polônia e eu fui conhecer a cidade sozinha.
Com o fim do comunismo, Praga encheu-se de turista. É até engraçado ficar observando os inúmeros grupos de pessoas, sempre com guias pela cidade. Acho que pela dificuldade da língua, apesar de todos se virarem em inglês, as pessoas fazem os passeios guiados. E que língua a deles! Não dá pra identificarmos uma única palavra (pra escolher comida no cardápio, dá vontade de chorar!) e mesmo os nomes dos pontos turísticos são difíceis de serem pronunciados e decorados:
Prasna brana
Cozi pred Tynem
Chram Matky
Engraçado, mas ao mesmo tempo a multidão tira um pouco do brilho local, pois às vezes as ruas ficam muito cheias.
A cidade de Franz Kafka, como quase todas as cidades europeias, é para se conhecer a pé. 


Ruas de Praga

Passear por suas ruas estreitas, atravessar o rio Moldava pela ponte de pedestre Carlos (que une os dois lados da cidade), onde existem vários artesãos vendendo suas gravuras e músicos.



Ponte Carlos
Músicos na Ponte Carlos
 Não é à toa que Praga é conhecida como “Pérola do Oriente”. A cidade é linda e eu caminhei o dia todo, só chegando ao albergue à noite, exausta.


Igreja N. Sra. de Tyn
Relógio da Prefeitura, onde a cada hora uma pequena multidão se junta para ver seus bonecos dos apóstolos se movendo
Meu lanche: "trdlo", um pão doce vendido nas ruas, com a cerveja local

Na manhã seguinte passei mais ainda pelas ruas de Praga e à tarde tomei um trem para conhecer Dresden, na Alemanha, que entrou no meu roteiro por indicação de uma amiga que disse ser a cidade uma pequena Paris. E é mesmo. Possui muitos prédios e igrejas bonitas.
Da estação, caminhei cerca de meia hora puxando minha mala pra chegar no albergue. Quando cheguei ainda tive que subir 3 andares de escada com a mala. Começou a chover, mas nem achei ruim, pois o quarto era aconchegante, só pra mim e fiquei curtindo aquele luxo. Somente no dia seguinte fui conhecer a cidade


Dresden
Às margens do rio Elba, Dresden foi duramente bombardeada na 2ª. Guerra Mundial, em 1945, e cerca de 35 mil pessoas morreram. Depois da guerra a cidade ficou no lado comunista da Alemanha.


A igreja de  Frauenkirche foi quase completamente destruída pelos bombardeios e posteriormente reconstruída como símbolo de reconciliação 




Mural de porcelana que conta a história da Saxônia



Albergues:

Praga:
 Miss Sophie’s Hostel  (Melounova 3)

Dresden -
 Hostel Lollis Homestay (Görlitzer Str. 34)


sábado, 3 de março de 2012

Europa 2009 III - Regensburg Marathon


A partir do momento que fiquei sabendo do dia da minha ida e da minha volta à Europa, assim como tendo uma visão geral de qual seria nosso roteiro por lá, comecei a procurar na internet corridas na mesma época  pelos países que iríamos.
No começo procurei por uma meia maratona, mas uma inflamação nos meus tendões de Aquiles me tiraram dos treinos por um período e eu fiquei sem tempo pra treinar o necessário para fazer os 21km até a época da viagem então busquei por corridas com percursos menores.
Não consegui encontrar nenhuma nos finais de semanas que estaria com meus primos, então procurei pelo menos algo que fosse perto das cidades em que estaríamos e encontrei a Maratona de Regensburg, na Alemanha.
Era uma maratona sim, mas também teria uma prova de 21km, uma de 10km e uma maratona toda de patins.
Inscrevi-me pros 10km e, de Cesky Kumlov segui sozinha de trem pra Regensburg.
Cheguei ainda pela manhã e naquele horário me chamou a atenção a quantidade de alemão tomando cerveja na lanchonete da estação. Ô povim pra beber!
Peguei um taxi e fui pro albergue, que era simples, limpo, silenciosíssimo e, diferente dos outros, não tinha sempre um recepcionista pra qualquer precisão. Precisávamos tocar uma campanhinha pra aparecer alguém. Beeeem alemão.
Albergue com quarto misto. Entrei no quarto pra deixar minha mala e achei tudo muito limpinho, arrumadinho. Éram dez (!) camas e somente cinco estavam ocupadas. Deixei minha mala e fui bater perna pela cidade.





Quarto do albergue