Apesar de ter lido muita coisa sobre a Bolívia antes da viagem, o país foi uma encantadora surpresa pra mim. Os 3 dias passados no salar, com suas belas paisagens, serão inesquecíveis. As outras cidades também valeram a pena.
O país é pobre (o mais pobre da América do Sul), mas de um colorido vivo. Tudo é muito colorido.
Os carros são velhos. Alguns ônibus têm inscrições em japonês e foi por isso que descobri que 90% da frota de automóveis na Bolívia são de “médio uso”, como eles chamam: carros usados que chegam ao país principalmente do Japão.
São de “médio uso” também os eletrodomésticos e até as roupas. Lá existem poucas indústrias.
As pessoas são simpáticas e prestativas. Em Santa Cruz de La Sierra achei os taxistas meio grosseiros, mas no geral o povo é simpático.
A região por onde andei é bastante turística então, do uso de um simples banheiro sem nenhuma estrutura a uma foto, tudo é pago.
No salar, em uma parada em um banheiro, tinha um garoto recebendo a "entrada". Quando fui tirar uma foto, por ser bastante um banheiro bastante "rústico", o garoto imediatamente falou que fotos do "baño" não eram permitidas. ??????
Uma coisa os bolivianos parecem com os cearenses: mania de som alto.
Como faço em Fortaleza, cheguei a desistir de restaurantes por conta de som alto, seja de TV ou música (as vezes os dois ao mesmo tempo).Em alguns dava pra pedir pra baixar um pouquinho. Em outros, voltava da porta.
Os taxis também sempre estavam com o volume do som alto e, no ônibus que peguei de Potosi pra Uyuni, por sorte levei meus protetores de ouvido usados na natação. Somente assim pude amenizar 5 horas e meia de som estridente.
Outra coisa que me chamou atenção foi a quantidade de crianças.
Em todos os lugares existem muitas criança e as mães sempre estão acompanhadas de algumas no seu local de trabalho (talvez por ter sido época de férias escolares).
Sobre a altitude, felizmente não sofri como imaginei que sofreria. Dor de cabeça no 1o. dia em Potosi, a mais de 4000 m de altitude, foi tudo que tive. O cansaço e o coração disparado ao subir ladeiras ou escadas, além de serem normais, não chegam a incomodar. Queria muito ter experimentado correr, mas o máximo que fiz foi um trote de dois quarteiros em Sucre (2800m altitude) pra ver como me sairia e não senti cansaço. Mas acho que não valeu porque foi ladeira abaixo.... Na próxima vez faço um teste de respeito.
Na volta pra Fortaleza, o avião já quase baixando, vi na tela que estávamos a 3.300m. Olhei pra baixo e vi somente pequenos pontos de luz e só então me dei conta de como fui alto! Dormi em altitude de 4200m e cheguei até os 5mil! Mais da metade do topo do mundo, já que o Everest tem quase 9000m de altitude. Alto demais!
Tudo na Bolívia foi maravilhoso e inesquecível. Tanto, que o mais difícil pra mim ao escrever sobre a viagem, foi escolher quais fotos colocar nesse blog. Portanto, seguem abaixo mais algumas fotos desse país.
Agora falta conhecer um pouco do norte, La Paz e lago Titicaca..... Chego lá!
PS: apesar de não terem me pedido na imigração, quem estiver pensando em ir pra Bolívia, é bom saber que a vacina contra a febre amarela (e o cartão internacional da ANVISA) é obrigatória, devendo ser tomada com no mínimo 10 dias antes de sua chegada no país.
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