O final do ano está chegando e pra nós, corredores, isso se traduz em uma prova: São Silvestre, a corrida de rua mais famosa do Brasil.
Idealizada pelo jornalista Cásper Líbero, como meio de promoção do seu jornal, a primeira edição da São Silvestre foi realizada em 1924 e segue ininterrupta até os dias de hoje.
As mulheres tiveram o direito de participar da prova somente em 1975 e até 1988 a corrida era realizada à noite, com largada às 23:30, de forma que os primeiros classificados cruzassem a linha de chegada por volta da meia-noite.
Quem não lembra no final de ano, a televisão ligada e, entre as felicitações do ano novo e o barulho dos fogos, as pessoas procurando saber quem tinha vencido a São Silvestre?
As mulheres tiveram o direito de participar da prova somente em 1975 e até 1988 a corrida era realizada à noite, com largada às 23:30, de forma que os primeiros classificados cruzassem a linha de chegada por volta da meia-noite.
Quem não lembra no final de ano, a televisão ligada e, entre as felicitações do ano novo e o barulho dos fogos, as pessoas procurando saber quem tinha vencido a São Silvestre?
Em 1989 o horário de início da corrida foi alterado, passando a ser às 15 horas para mulheres e às 17 horas para homens e a distância a ser percorrida, que variava quase que anualmente (entre 6,5 e 8,8 km) foi definitivamente fixada em 15 km.
Na edição de 2009, o horário de largada foi novamente modificado. A elite feminina passou a largar às 16:30 e a masculina, às 16:47, juntamente com o pelotão geral .
Para a edição de 2011, outra mudança: por conta do aumento anual do número de participantes e também pelo Reveillon de São Paulo que acontece algumas horas após a prova no mesmo local (Av Paulista), decidiu-se que a largada continuará na Paulista, mas a chegada passará a ser no Parque do Ibirapuera.
Praticamente todos os grandes corredores de rua do mundo já correram a São Silvestre e o maior vencedor de todos os tempos é Paul Tergat, do Quênia, que venceu a prova 5 vezes (1995, 1996, 1998, 1999 e 2000).
Depois da minha saída do triatlhon, envolvimento cada vez maior com as corridas de rua e consequente aumento das distâncias percorridas, programei minha primeira meia maratona (21km) pra ser feita em Fortaleza, no ano de 2007.
Bem treinada, às vésperas da prova deparei-me com o maior fantasma dos corredores: a lesão.
Devidamente medicada, ainda tentei fazer a prova, mas no km 5 rendi-me, vi que devido à dor não teria a mínima condição física de correr por mais 16km, dei meia volta e voltei caminhando, com muita dor e raiva por não ter podido concluir meus primeiros 21km para os quais eu havia tanto treinado.
Bem treinada, às vésperas da prova deparei-me com o maior fantasma dos corredores: a lesão.
Devidamente medicada, ainda tentei fazer a prova, mas no km 5 rendi-me, vi que devido à dor não teria a mínima condição física de correr por mais 16km, dei meia volta e voltei caminhando, com muita dor e raiva por não ter podido concluir meus primeiros 21km para os quais eu havia tanto treinado.
Em abril de 2008 voltei para fazer a Meia Maratona de Fortaleza, que concluí com a felicidade de uma desforra.
Meia Maratona de Fortaleza - 21km - abril de 2008- Igual ao 1o. sutiã, "a gente nunca esquece.."
Meia Maratona de Fortaleza - 21km - abril de 2008- Igual ao 1o. sutiã, "a gente nunca esquece.."
Ainda em 2008 participei do Desafio das Capitais, prova que infelizmente só ocorreu essa vez, largando de Aquiraz e chegando em Fortaleza (25km).
Desafio das Capitais
Desafio das Capitais
No final de 2008 foi a vez da minha São Silvestre - a 84a. São Silvestre.
Fui pra São Paulo com dois grandes amigos - Fernando e Nelma -, conhecidos, como muitos outros ao longo desses 7 anos, no ambiente de corrida de rua.
Nessa época, eu já participava ativamente de sites e fóruns sociais na internet, todos sobre meu esporte e foi através de um deles, o Orkut, que, na comunidade da São Silvestre, marcamos um jantar de massas dois dias antes da prova.
Nesse jantar conheci pessoas de vários Estados do Brasil, com as quais ainda hoje tenho contato, seja pela internet seja nos encontrando em provas (e até fora delas) pelo Brasil.
Nos auto denominamos "Equipe Vamos que Vamos".
Galera do Orkut, no jantar de massas - Vamos que Vamos!
Nos auto denominamos "Equipe Vamos que Vamos".
Galera do Orkut, no jantar de massas - Vamos que Vamos!
Antes da corrida, eu, Fernando e Nelma, ainda tivemos tempo pra passear um pouco pela cidade, fazendo o roteiro básico de Parque Ibirapuera (pra um treininho...), Mercado Central, Museu da Língua Portuguesa e, claro, Rua 25 de Março.
Como ficamos hospedados pertinho da largada, passamos a manhã do dia 31 de dezembro passeando pela Av Paulista e já dava pra sentir o clima da São Silvestre, com muita gente passeando como nós, orgulhosamente vestindo camisetas de corridas dos seus Estados. Éramos os astros do dia.
À tarde, chegando à Av. Paulista, o clima era de pura festa. Fiquei um pouco impressionada. Grupos de várias cidades com cartazes, bandeiras, grupos tocando samba e vários, muitos corredores fantasiados, dos Flinstones ao Airton Sena.
O "Pelé" correndo a São Silvestre!!!!
Cada marmota!
E tem samba na São Silvestre!
O "Pelé" correndo a São Silvestre!!!!
Cada marmota!
E tem samba na São Silvestre!
Aquilo seria mesmo uma corrida? Era.
Estávamos na largada com nossos amigos recém conhecidos do Orkut e, momentos antes, a surpresa (que eu já sabia): Fernando e Nelma, que se conheceram e aproximaram-se por causa das corridas de rua, ficaram noivos ali, antes do tiro da largada e, cercados pelo nosso grupo, trocaram as alianças.
Foi muuuuito show!
Pronto. Era mesmo uma grande festa.
Largada dada, passei exatos 13 minutos sendo empurrada pela multidão para finalmente passar pelo tapete do início.
A partir dali, fui literalmente curtindo minha prova, olhando as pessoas fantasiadas e a grande festa que fazem os espectadores ao longo de todo o percurso de 15km.
Durante todos os 15km sempre há gente torcendo, dando força, segurando cartazes, curtindo com os fantasiados.
A partir dali, fui literalmente curtindo minha prova, olhando as pessoas fantasiadas e a grande festa que fazem os espectadores ao longo de todo o percurso de 15km.
Durante todos os 15km sempre há gente torcendo, dando força, segurando cartazes, curtindo com os fantasiados.
No final, enfrentei a famosa e realmente assassina subida da Av Brigadeiro (1km de subida) e cheguei à Av Paulista em êxtase, incrivelmente feliz de estar ali naquele momento, já saudando 2009.
À noite, jantamos com nossos novos amigos e depois fomos ver os fogos na Av Paulista, pra logo depois, cansados e felizes, voltarmos pro hotel. Nossa festa já tinha acontecido. E que festa!
Meia noite na Paulista e duas grandes amizades feitas na São Silvestre 2008.
Homenagem da Academia Hedla Lopes aos seus atletas que participaram da São Silvestre 2008
Meia noite na Paulista e duas grandes amizades feitas na São Silvestre 2008.
Homenagem da Academia Hedla Lopes aos seus atletas que participaram da São Silvestre 2008
No dia seguinte, parti com o casal de noivos para passar uns dias em Brasília, que eu já tinha ido na minha adolescência com meus pais e irmãos e que foi redescoberta por mim nesses dias.
4 comentários:
Lia, que lindo relato!Como você curte e memoriza cada uma de suas corridas
Estou encantada com seu blog.
Beijão
Telma
Show mesmo!
Show, Lia...
É sempre bom relembrar tudo aquilo que passamos em 2008.
Foi um momento muito marcante e especial, tanto para mim quanto acredito que tenha sido para cada um que estava ali naquele momento.
Um beijão!
Catia
Cátia!
Aquela SS foi especial. Demais!
bj
Postar um comentário